Pesquisadores testam terapia contra câncer de cérebro
O álcool perílico pode ser extraído de óleos essenciais de várias plantas, entre elas, frutas cítricas e vegetais. A nova técnica, que está em fase experimental há cerca de três anos, foi autorizada pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (CNEP) e Instituto Nacional do Câncer.
De acordo com a coordenadora geral do projeto, Thereza Quírico Santos, o AP inibe a proliferação das células cancerosas e as mata, sem que haja o processo de necrose, que tira das células a capacidade de se multiplicar. Para que a droga agisse apenas no tumor, sem afetar as células sadias, os pesquisadores adotaram a inalação como forma de administrar o AP. Segundo a coordenadora, a decisão evitou que o álcool fosse metabolizado pelo fígado. Ao ser inalada, a droga age diretamente no sistema nervoso central e no tecido pulmonar.
Thereza Quírico Santos disse que entre os pacientes tratados e acompanhados pelos pesquisadores, pelo menos um estava em estado terminal, com poucos meses de vida, quando começou a usar o AP. Depois de um ano de tratamento, as novas radiografias mostram uma regressão das células e uma evolução positiva do quadro de saúde do paciente. Ela fez questão de esclarecer que o uso do álcool perílico não substitui o tratamento convencional, já que é uma droga que auxilia na busca da cura do câncer no cérebro.
A coordenadora explicou também que a efetivação da nova terapia é um processo de longo prazo, que depende da intensificação da pesquisa e da constatação da regressão e completo desaparecimento do tumor nos pacientes tratados. Ela ressaltou, porém, que, apesar de o tratamento ser preliminar, os resultados obtidos até o momento são animadores e bastante promissores.
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