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Internacional
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 10:10

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Bharat Mohan Adhikari, vice-primeiro-ministro do governo dissolvido em 1 de fevereiro pelo golpe de estado do rei Gyanendra no Nepal, foi libertado depois de permanecer quase três meses em prisão domiciliar, informou nesta sexta-feira a agência de notícias PTI.

As autoridades do Nepal anunciaram hoje a libertação de 61 presos políticos, entre eles, o ex-vice-primeiro-ministro Adhikari, que permanecia detido desde que o monarca dissolveu o governo encabeçado por Sher Bahadur Deuba, assumir o poder absoluto e declarou o estado de emergência no Nepal.

Os guardas de segurança foram retirados ontem à noite da residência de Adhikari, que afirmou que o ato de deter um político durante tanto tempo sem nenhum motivo é uma "grave violação da Constituição".

O político, que permaneceu retido por 81 dias, não pôde usar o telefone, nem se encontrar com ninguém. Ele acrescentou que o ocorrido é "uma conspiração para derrubar as conquistas do movimento popular que restaurou em 1990 os direitos democráticos" no país.

Também Trailokya Pratap Sen, dirigente do Congresso Nepalês que fazia parte da coalizão governante, foi posto em liberdade ontem à noite.

A libertação dos presos políticos por parte das autoridades do Nepal tem lugar um dia depois de a organização pró direitos humanos Anistia Internacional (AI) denunciar que pelo menos 3.000 pessoas foram detidas no Nepal desde o golpe de estado real.

A AI expressou sua preocupação com o crescente número de violações de direitos humanos por parte das Forças de Segurança deste país desde a entrada em vigor do estado de emergência, assim como pela censura, a suspensão dos direitos fundamentais e as detenções políticas.

"O governo do Nepal deve restaurar imediatamente os direitos e as liberdades do povo nepalês", afirma o comunicado desta organização.





Fonte: EFE

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