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Nacional
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 09:46

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Duas das três famílias que ainda estavam morando no Conjunto Residencial Bom Pastor, na Iputinga, deixaram os apartamentos na tarde de ontem. O piso térreo dos três blocos cedeu no ano passado. O risco de desabamento causado pelo afundamento do solo foi comprovado por engenheiros da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Caixa Seguradora durante as vistorias realizadas no início deste ano.

A maioria dos moradores começou a deixar o local no último dia 5, quando receberam um ofício da CEF, no qual a seguradora informava sobre a situação de risco dos prédios e recomendava a desocupação imediata das unidades. Um morador do bloco C ainda não deixou o imóvel.

"Essa situação é constrangedora, pois eu já venho de um edifício que foi desocupado há dois anos, o Jardim Petrópolis III, na Várzea. A única precaução agora é não morar em prédios financiados pela Caixa, porque ela não fiscaliza as obras e o material que está sendo usado. Quando os engenheiros abriram o tijolo aqui, só tinha pó", afirmou o assistente administrativo Alexandre Monteiro, que mora no bloco C há um ano e quatro meses. O morador, que ainda não se mudou, não estava no local na tarde de ontem. Segundo informações, ele disse que só vai sair no dia 10 e quer que a CEF dê garantias de que vai pagar o seu aluguel.

"Vamos solicitar a presença da Codecir para fazer uma vistoria e ver quais os riscos de desabamento a curto prazo e entraremos em contato com a Caixa para resolver a questão desse morador que ainda insiste em ficar", disse a síndica do conjunto, Zilda dos Santos. Ela se queixa da falta de prazo para o retorno deles ao conjunto, já que a CEF ainda não informou sobre o início das obras e nem a sua duração. A reportagem da Folha tentou, sem sucesso, entrar em contato com a CEF.

Por conta do feriado, as vistorias no bloco 219 Conjunto Residencial Muribeca, em Jaboatão, foram suspensas ontem. Os trabalhos dos engenheiros da Coordenadoria da Defesa Civil do município (Condec) serão retomados hoje. Policiais militares e guardas municipais permanecem fazendo a segurança do local. Os moradores pretendem acionar a Prefeitura para que possam ter acesso ao edifício. "Queremos que seja feito um escoramento na escada para a gente retirar nossos móveis", disse a dona de casa Cristiana Cândida





Fonte: Agência Nordeste

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