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Internacional
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 09:40
Por: Daniel Trotta

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O homem suspeito de liderar a Al Qaeda na Espanha e acusado de ajudar os sequestradores dos atentados de 11 de setembro, foi a julgamento com outros 23 acusados em Madri na sexta-feira, no maior julgamento de militantes islâmicos na Europa.

O sírio Imad Eddin Barakat Yarkas, também conhecido como Abu Dahdah, enfrente uma sentença de 62.512 anos sob alegações de "assassinato terrorista" por ajudar os sequestradores a planejarem os ataques a Nova York e Washington em 2001.

Dois outros — o marroquino Driss Chebli e o sírio Ghasoub Al Abrash Ghayoun — também são acusados de ajudar o sequestrador Mohamed Atta durante suas viagens à Espanha em julho de 2001, quando ele teria realizado o planejamento final para os ataques.

O julgamento pode durar meses e é o primeiro feito em um prédio de alta segurança reformado para julgamentos com vários acusados e onde os suspeitos ficarão sentados em um cubículo a prova de balas.

Entre os indiciados está o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, mas a Espanha não poder julgar suspeitos na ausência dos mesmos.

O caso foi preparado pelo juiz espanhol Baltasar Garzon, que investiga a militância islâmica desde 1991 — muito antes dos atentados terroristas perpetrados por radicais islâmicos que mataram 191 pessoas nos trens de Madri em 11 de março de 2004.

O principal juiz da Suprema Corte, Javier Gomez Bermudez, presidirá um painel de três juizes.

Todos os suspeitos, exceto um, são acusados de pertencer a um grupo terrorista, incluindo Tayseer Alouni, um repórter do canal de televisão árabe Al Jazeera que entrevistou Bin Laden pouco depois dos ataques a Nova York e Washington.

"Sou inocente. Qualquer que seja o resultado deste julgamento, eu manterei esta afirmação até a morte", disse Alouni à Reuters. Ele ficou em prisão domiciliar por motivos médicos, enquanto os outros foram mantidos na prisão.

"O caso sempre se refere a provas circunstanciais tiradas de telefonemas em árabe que foram mal traduzidos e até mal interpretados pela polícia", acrescentou.

Até agora, a única pessoa que foi condenada é o marroquino Mounir el Motassadeq, que apelou contra a decisão e está sendo julgado pela segunda vez.





Fonte: Reuters

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