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Nacional
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 07:26

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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, integrará uma missão da Comunidade Sul-Americana de Nações que viajará para o Equador a fim de ajudar na solução da crise política do país.

O Brasil já autorizou a concessão de asilo político ao presidente destituído do país, Lucio Gutierrez. Ele está na embaixada brasileira em Quito, à espera de um salvo-conduto que abriria caminho para um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) ir buscá-lo.

Amorim viajará acompanhado dos chanceleres do Peru, Manuel Rodríguez Cuadros, e da Bolívia, Juan Ignacio Siles del Valle.

Uma nota da Comunidade divulgada pelo Itamaraty diz que os chanceleres “da tróica” vão se juntar à Secretaria Pro Tempore do Grupo do Rio (Argentina), “para dialogar com as forças políticas equatorianas e colaborar na construção de um clima de entendimento que leve à plena normalização e institucionalização do quadro político-jurídico e à paz social para todos os equatorianos”.

A comunidade sul-americana de nações é formada por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname e conta ainda com o México e o Panamá como observadores.

OEA

Já a Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, adiou para esta sexta-feira a reunião que vai decidir a postura da organização em relação ao Equador.

A reunião foi adiada porque o representante do Equador não soube esclarecer os detalhes da saída de Gutiérrez do cargo.

O pedido foi feito pelo embaixador do Peru, Alberto Borea. O grupo não concordou com o reconhecimento ao novo governo, como queria o representante do Equador.

Na reunião desta sexta-feira, a OEA pode pedir a aplicação do capítulo democrático da organização, e se a entidade decidir que o processo não ocorreu de forma democrática o Equador pode até ser expulso do grupo.

Nomeado substituto de Gutiérrez, o vice-presidente Alfredo Palácio já assumiu o governo.

Cardiologista de 66 anos, Palácio disse que a sua posse "está dentro do marco constitucional e da legalidade" e prometeu fazer uma "reestruturação profunda" do Estado equatoriano, que qualificou como "obsoleto".




Fonte: BBC Brasil

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