Reforma partidária fica para depois das eleições, diz Dulci

São João Del Rei - O ministro-chefe da secretaria geral da presidência, Luiz Dulci, disse em São João Del Rei que a reforma partidária no Brasil somente será realizada após as eleições de 2006, embora o processo de redemocratização do País já tenha ocorrido há 20 anos. Segundo ele, "ninguém pode mexer em regras eleitorais sem o consenso dos partidos, muito menos em época de eleições". "É mais provável que as transformações estruturais do sistema político aconteçam depois das eleições de 2006", afirmou.

Em contrapartida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que muitas das crises que o País vive atualmente, inclusive a de governabilidade, se devem à ausência de uma reforma política. "Avançamos no modelo de democracia, mas, indiscutivelmente, o País não avançou na reforma política, e isso é muito ruim, porque poderíamos estar em outro patamar hoje."

O governador e o ministro participam, junto com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves de uma série de homenagens ao ex-presidente Tancredo Neves, falecido há 20 anos. Entre os convidados ao evento, em São João Del Rei (MG), estão o senador José Sarney (PMDB-AP), o presidente da Câmara dos deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE) e o ex-presidente de Portugal, Mário Soares.

Eles visitaram o túmulo do ex-presidente, no cemitério da Igreja de São Francisco de Assis e participam do lançamento do livro "Tancredo Neves, um homem para o Brasil" que conta a trajetória de vida do político mineiro.