Palácio assume presidência do Equador e nomeia novos ministros
Posteriormente, os novos ministros, que segundo anunciou o próprio presidente não são políticos, mas técnicos e funcionários, juraram a seus cargos, num ato que teve a presença de cerca de 150 convidados, entre eles os membros do alto comando das Forças Armadas do Equador.
Os militares equatorianos facilitaram a queda de Gutiérrez ontem, ao retirar a confiança que tinham no presidente, após uma semana de protestos populares em Quito pedindo a renúncia.
A decisão dos militares foi tomada depois da morte de pelo menos três pessoas em Quito, entre elas um fotógrafo de imprensa chileno, asfixiado pelos gases lacrimogêneos utilizados pela Polícia para reprimir os protestos populares.
As duas outras vítimas foram uma mulher e um jovem, que morreram em acidentes relacionados aos protestos.
O Parlamento, que não se reuniu em sua sede, decidiu então, por 60 votos dos 62 deputados presentes - de um total de 100 que compõem a Câmara - destituir Gutiérrez por "abandono do cargo" e designar sucessor o até então vice-presidente Palacio.
Gutiérrez tentou sair do país, mas não conseguiu porque dezenas de manifestantes tomaram as pistas do aeroporto "Mariscal Sucre", em Quito, impedindo pousos e decolagens de aviões.
O presidente deposto se refugiou então na Embaixada do Brasil em Quito, onde pediu asilo político ao governo brasileiro, que já aceitou o pedido de Gutiérrez.
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