Bienal da Agricultura discutirá organização e profissionalização do setor
Segundo Homero Pereira, diante da revolução gerencial apresentada, terra e capital não são suficientes para garantir desempenho do setor. "Precisamos fomentar estratégias e trocar experiências bem-sucedidas para que o setor possa enfrentar os novos desafios com mais organização. Somos os produtores mais organizados, mas, da porteira pra dentro das propriedades. Falta mais interação com os mercados externos, assim como organização além das propriedades", destacou Homero.
Somente a produção de commodities não é mais necessária para garantir a efetivação e permanência no mercado, principalmente, o internacional, grande consumidor dos produtos e matérias-primas brasileiras. "Perante esse contexto, a Bienal é a oportunidade de nos prepararmos e fazer abordagens para traçar a direção do setor, com estabelecimento de diretrizes de uma agricultura viável, não somente do ponto de vista econômico, mas também sustentável", disse o presidente da Famato.
A Bienal da Agricultura oferecerá muitas oportunidades de apresentação de cases bem sucedidos de negócios agricultáveis, clínicas e vitrines tecnológicas, espaço da criança e da mulher, salão do conhecimento, da agricultura familiar e cultural. "Queremos interagir com a sociedade, mostrando que crises enfrentadas pelo setor refletem em toda a cadeia produtiva da economia. O que o produtor busca é novas oportunidades estratégicas, uma vez que o mercado não acompanha e dá suporte à rentabilidade da atividade agrícola. Queremos agregar novos valores à produção", afirmou Pereira.
O governador Blairo Maggi avaliou que, diante da situação que o agronegócio enfrenta no momento, mudanças são imprescindíveis para que o setor não seja estrangulado. "É a hora de fomentar grandes discussões e os investimentos de forma organizada e estratégica", completou.
A Bienal será realizada de 24 a 26 de agosto, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, pela Famato, Fundação Mato Grosso e Sebrae-MT, em parceria com a Bolsa de Mercadorias e Futuros, Ampa, Apa, Aprosoja, Empaer, Embrapa e Fundação Rio Verde.
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