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Cidades/Geral
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 14:07
Por: Jorge Eduardo Machado

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Rio - Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de devolver à prefeitura do Rio de Janeiro os hospitais Souza Aguiar e Miguel Couto, sob intervenção federal, as duas unidades continuam geridas pela União. Na manhã de hoje, a assessoria do coordenador do comitê gestor dos hospitais, Sérgio Côrtes, informou que o Ministério da Saúde não foi notificado da decisão judicial e que, por ora, os serviços não serão alterados.

A prefeitura também disse não ter recebido qualquer comunicado e que, por isso, não comentaria o caso. Ainda de acordo com a assessoria do prefeito Cesar Maia, o mais provável é que a notificação seja feita apenas na segunda-feira (25), devido ao feriado prolongado de Tiradentes.

A decisão do STF foi tomada na noite de ontem, 41 dias depois do anúncio da intervenção federal em seis hospitais da rede do município.



Além de determinar a devolução dos dois hospitais, o STF entendeu que a União não deve continuar usando bens, serviços e pessoal contratados pelo município nos hospitais da Lagoa, de Ipanema, do Andaraí e de Jacarepaguá. Essas instituições, municipalizadas em 1999, poderão continuar sob intervenção federal. A decisão foi tomada no julgamento de um mandado de segurança proposto pelo prefeito no dia 16 de março.

Hoje, alguns pacientes do Souza Aguiar — considerada a maior emergência da América Latina — mostravam-se apreensivos com a nova mudança administrativa envolvendo o hospital. "Nas três vezes em que vim aqui durante a intervenção, fui bem atendida. Essa nova alteração nos assusta bastante, porque não queremos que volte a ser aquela confusão toda, com falta de medicamento, as pessoas sofrendo nos corredores. Mas espero que melhore", afirmou a dona de casa Janete Marques Gonçalves.

Outra dona de casa, Márcia de Souza, também teme a queda na qualidade dos serviços com a gestão da prefeitura. "Antes (da intervenção) era um transtorno completo. Ficávamos abandonados aqui fora. Acho que vai voltar a ser a mesma coisa. Tenho medo de que volte o caos. O hospital de campanha da Marinha, por exemplo, ajudou bastante", disse Márcia, em referência à unidade para atendimento ambulatorial montada no Campo de Santana, a poucos metros do Souza Aguiar.





Fonte: Agência Brasil

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