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Rabinos não ortodoxos apóiam Orgulho Gay 2005 em Jerusalém
Rabinos das três correntes do judaísmo não ortodoxo decidiram apoiar a realização em Jerusalém da parada do Orgulho Gay Mundial 2005, em um desafio aberto a uma aliança da ortodoxia judaica, cristã e muçulmana.
O evento deve acontecer em agosto em Jerusalém, apesar dos protestos de representantes da ortodoxia das três grandes religiões monoteístas na Terra Santa.
Enquanto a aliança ortodoxa, apoiada pela Santa Sé, considera a parada "uma grave ofensa aos sentimentos religiosos de milhões de fiéis no mundo todo", os rabinos liberais baseiam sua decisão na necessidade de respeitar "um direito democrático básico", disse ontem, quarta-feira, o jornal The Jerusalem Post.
A contra-aliança religiosa foi formada por representantes da corrente conservadora ou tradicionalista, dos reconstrucionistas e do judaísmo reformista, ao qual pertencem milhares de homossexuais judeus nos Estados Unidos e em outros países ocidentais.
Os rabinos destas correntes do judaísmo moderno e liberal são reconhecidos no mundo todo, menos em Israel, onde o monopólio da administração da fé é dos ortodoxos.
"Vim aqui depois do surgimento de uma estranha coalizão de líderes religiosos unidos pela intolerância, pelo extremismo e pelo fanatismo", disse em entrevista coletiva o rabino Ehud Bandel, líder do Movimento do Judaísmo Tradicional em Israel.
O prefeito de Jerusalém, Cidade Santa para as três religiões, pertence à corrente do judaísmo ortodoxo, negou sua cooperação à Associação de Homossexuais e Lésbicas de Israel, que está organizando os atos do orgulho gay.
A primeira dessas paradas mundiais atraiu meio milhão de homossexuais a Roma, em 2000, e enfrentou protestos do Vaticano.
Em Jerusalém, onde podem ser proibidos pelo governo, os eventos em torno do desfile do Orgulho Gay 2005 durarão dez dias.
Neste ano, a parada pode coincidir em agosto com a complexa evacuação de cerca de 1.500 famílias de colonos de 25 assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e do norte da Cisjordânia, operação na qual participarão milhares de policiais e soldados.
Essa evacuação pode ser um argumento de peso para proibir a parada gay e satisfazer a vontade dos representantes da ortodoxia judia, cristã e muçulmana, que vêem nesses atos "uma provocação" e uma "profanação da Terra Santa".
Um religioso ortodoxo da Aliança Rabínica de Nova York, Yehuda Levin, acusa os liberais de "retroceder da santidade da religião ao paganismo", e de contribuir para "a quebra dos valores sociais e para uma tremenda imoralidade".
A campanha contra a parada gay começou no mês passado, em uma iniciativa de um representante da Igreja Evangélica dos Estados Unidos, que pediu ao governo do primeiro-ministro Ariel Sharon que proíba o desfile. No entanto, as autoridades policiais afirmaram ontem que, por enquanto, não foi tomada nenhuma decisão.
Por lei, as autoridades policiais devem autorizar ou não os eventos nas ruas.
A oposição também é de setores não religiosos da cidade, que vêem a parada do Orgulho Gay 2005 como uma manifestação de "mal gosto" em uma cidade como Jerusalém.
Segundo o jornal israelense, uma recente pesquisa independente do Instituto Dajaf, indicou que 75% dos habitantes da Cidade Santa se opõem à parada dos homossexuais.
A rejeição ao Orgulho Gay 2005 é de 96% entre os habitantes árabes, muçulmanos e cristãos em Jerusalém, que formam um terço dos 650 mil habitantes da cidade. Já nos bairros ortodoxos judeus, essa percentagem chega a 100%.
O evento deve acontecer em agosto em Jerusalém, apesar dos protestos de representantes da ortodoxia das três grandes religiões monoteístas na Terra Santa.
Enquanto a aliança ortodoxa, apoiada pela Santa Sé, considera a parada "uma grave ofensa aos sentimentos religiosos de milhões de fiéis no mundo todo", os rabinos liberais baseiam sua decisão na necessidade de respeitar "um direito democrático básico", disse ontem, quarta-feira, o jornal The Jerusalem Post.
A contra-aliança religiosa foi formada por representantes da corrente conservadora ou tradicionalista, dos reconstrucionistas e do judaísmo reformista, ao qual pertencem milhares de homossexuais judeus nos Estados Unidos e em outros países ocidentais.
Os rabinos destas correntes do judaísmo moderno e liberal são reconhecidos no mundo todo, menos em Israel, onde o monopólio da administração da fé é dos ortodoxos.
"Vim aqui depois do surgimento de uma estranha coalizão de líderes religiosos unidos pela intolerância, pelo extremismo e pelo fanatismo", disse em entrevista coletiva o rabino Ehud Bandel, líder do Movimento do Judaísmo Tradicional em Israel.
O prefeito de Jerusalém, Cidade Santa para as três religiões, pertence à corrente do judaísmo ortodoxo, negou sua cooperação à Associação de Homossexuais e Lésbicas de Israel, que está organizando os atos do orgulho gay.
A primeira dessas paradas mundiais atraiu meio milhão de homossexuais a Roma, em 2000, e enfrentou protestos do Vaticano.
Em Jerusalém, onde podem ser proibidos pelo governo, os eventos em torno do desfile do Orgulho Gay 2005 durarão dez dias.
Neste ano, a parada pode coincidir em agosto com a complexa evacuação de cerca de 1.500 famílias de colonos de 25 assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e do norte da Cisjordânia, operação na qual participarão milhares de policiais e soldados.
Essa evacuação pode ser um argumento de peso para proibir a parada gay e satisfazer a vontade dos representantes da ortodoxia judia, cristã e muçulmana, que vêem nesses atos "uma provocação" e uma "profanação da Terra Santa".
Um religioso ortodoxo da Aliança Rabínica de Nova York, Yehuda Levin, acusa os liberais de "retroceder da santidade da religião ao paganismo", e de contribuir para "a quebra dos valores sociais e para uma tremenda imoralidade".
A campanha contra a parada gay começou no mês passado, em uma iniciativa de um representante da Igreja Evangélica dos Estados Unidos, que pediu ao governo do primeiro-ministro Ariel Sharon que proíba o desfile. No entanto, as autoridades policiais afirmaram ontem que, por enquanto, não foi tomada nenhuma decisão.
Por lei, as autoridades policiais devem autorizar ou não os eventos nas ruas.
A oposição também é de setores não religiosos da cidade, que vêem a parada do Orgulho Gay 2005 como uma manifestação de "mal gosto" em uma cidade como Jerusalém.
Segundo o jornal israelense, uma recente pesquisa independente do Instituto Dajaf, indicou que 75% dos habitantes da Cidade Santa se opõem à parada dos homossexuais.
A rejeição ao Orgulho Gay 2005 é de 96% entre os habitantes árabes, muçulmanos e cristãos em Jerusalém, que formam um terço dos 650 mil habitantes da cidade. Já nos bairros ortodoxos judeus, essa percentagem chega a 100%.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344581/visualizar/
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