Repórter News - reporternews.com.br
Nicole Kidman vê atuação inédita em "A Intérprete"
Depois de decepcionar em Mulheres Perfeitas e causar polêmica com Reencarnação e Dogville, Nicole Kidman volta às telas no bom thriller A Intérprete. A australiana foi dirigida por Sidney Pollack (de Tootsie e A Firma) e contracenou com Sean Penn na história sobre uma tradutora da ONU que ouve um plano de assassinato de um presidente africano. A produção vem chamando atenção nos Estados Unidos por ter sido a primeira a ganhar autorização para usar o prédio da organização, em Nova York, como cenário. Kidman faz o papel de Sylvia Bloome, uma mulher inteligente criada no país (fictício) de Matobo e educada na Sorbonne. Ela resolve ir trabalhar na ONU depois de fugir da guerra civil que toma conta de seu país. "Nosso plano não era fazer um filme político, isso é um thriller", disse Kidman em entrevista à Planet Pop em Los Angeles, há poucos dias. "Não estávamos fazendo um filme sobre a ONU: lembro que Sidney deixou isso bem claro quando tivemos encontros com todos os embaixadores."
Pollack teve de fazer uma grande manobra diplomática para conseguir rodar o filme no interior da ONU ¿ que já havia recusado pedidos até de Alfred Hitchcock. O diretor conseguiu marcar uma audiência com Kofi Annan e falou com vários outros embaixadores para explicar que o filme não iria "explorar" a imagem da instituição. "Foi uma situação delicada, porque não queria parecer um vendedor empurrando uma idéia", disse Pollack à Planet Pop. "Disse a Annan que iria mostrar a ONU de uma maneira digna e que nunca em minha carreira fiz um filme desrespeitoso." O cineasta, que também faz um pequeno papel no filme, disse que "A Intérprete" só deu certo por ter sido rodado na ONU. A produção já havia começado a construir cenários em Toronto ¿ mas ele diz que teria ficado "muito desapontado" com esta opção. "O prédio acabou virando um personagem do filme, há uma sonoridade lá dentro que não conseguiríamos imitar em nenhum outro lugar." Para Kidman um dos maiores desafios foi aprender a língua fictícia falada em Matobo, batizada de Ku e criada por um lingüista contratado pela produção. "Não foi como aprender francês, porque é muito difícil memorizar algo que não tem significado", diz a atriz. A havaiana criada na Austrália também teve que inventar um novo sotaque para seu inglês "global". "A idéia de Sidney era que ninguém conseguisse distingüir exatamente de onde ela é", diz. "Primeiro fiz um sotaque sul-africano e ele falou que não, que tinha de ser um pouco americano, um pouco britânico, com toques de alguém que estudou na Sorbonne." A atriz diz que se sentiu especialmente confortável trabalhando em A Intérprete por conta de sua longa amizade com Pollack. Os dois se conheceram na época que Tom Cruise atuou em A Firma e trabalharam juntos em De Olhos Bem Fechados (em que ele aparece como ator) e Cold Mountain (que o cineasta produziu). "A vantagem de que ele me conhece tão bem foi que conseguiu arrancar de mim essa performance que considero muito diferente de tudo o que fiz antes", diz Kidman. "O que é raro, já que fiz muitos filmes nos últimos anos." Para ser exato, ela apareceu em 12 filmes nos últimos três anos, de Moulin Rouge ¿ Amor em Vermelho e As Horas (que rendeu o Oscar de melhor atriz), aos polêmicos Dogville, de Lars von Trier, e Reencarnação. Sua próxima aparição nas telas vai ser na adaptação do seriado de TV A Feiticeira, de Nora Ephron.
Pollack teve de fazer uma grande manobra diplomática para conseguir rodar o filme no interior da ONU ¿ que já havia recusado pedidos até de Alfred Hitchcock. O diretor conseguiu marcar uma audiência com Kofi Annan e falou com vários outros embaixadores para explicar que o filme não iria "explorar" a imagem da instituição. "Foi uma situação delicada, porque não queria parecer um vendedor empurrando uma idéia", disse Pollack à Planet Pop. "Disse a Annan que iria mostrar a ONU de uma maneira digna e que nunca em minha carreira fiz um filme desrespeitoso." O cineasta, que também faz um pequeno papel no filme, disse que "A Intérprete" só deu certo por ter sido rodado na ONU. A produção já havia começado a construir cenários em Toronto ¿ mas ele diz que teria ficado "muito desapontado" com esta opção. "O prédio acabou virando um personagem do filme, há uma sonoridade lá dentro que não conseguiríamos imitar em nenhum outro lugar." Para Kidman um dos maiores desafios foi aprender a língua fictícia falada em Matobo, batizada de Ku e criada por um lingüista contratado pela produção. "Não foi como aprender francês, porque é muito difícil memorizar algo que não tem significado", diz a atriz. A havaiana criada na Austrália também teve que inventar um novo sotaque para seu inglês "global". "A idéia de Sidney era que ninguém conseguisse distingüir exatamente de onde ela é", diz. "Primeiro fiz um sotaque sul-africano e ele falou que não, que tinha de ser um pouco americano, um pouco britânico, com toques de alguém que estudou na Sorbonne." A atriz diz que se sentiu especialmente confortável trabalhando em A Intérprete por conta de sua longa amizade com Pollack. Os dois se conheceram na época que Tom Cruise atuou em A Firma e trabalharam juntos em De Olhos Bem Fechados (em que ele aparece como ator) e Cold Mountain (que o cineasta produziu). "A vantagem de que ele me conhece tão bem foi que conseguiu arrancar de mim essa performance que considero muito diferente de tudo o que fiz antes", diz Kidman. "O que é raro, já que fiz muitos filmes nos últimos anos." Para ser exato, ela apareceu em 12 filmes nos últimos três anos, de Moulin Rouge ¿ Amor em Vermelho e As Horas (que rendeu o Oscar de melhor atriz), aos polêmicos Dogville, de Lars von Trier, e Reencarnação. Sua próxima aparição nas telas vai ser na adaptação do seriado de TV A Feiticeira, de Nora Ephron.
Fonte:
Planet Pop
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344601/visualizar/
Comentários