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Internacional
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 08:53

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Roma - O presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, iniciou hoje as consultas com líderes políticos com vistas à formação de um novo governo, depois de o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, ter entregue quarta-feira o cargo. Berlusconi apresentou a demissão pressionado por seus aliados de centro-direita, que exigem uma "mudança política visível", depois dos maus resultados eleitorais nas recentes eleições regionais na Itália.

O primeiro a se entrevistar com Ciampi hoje foi o presidente do Senado, Marcello Pera, que permaneceu durante cerca de meia hora no palácio presidencial de Quirinale. As consultas com os líderes do Parlamento para decidir sobre a composição de um novo Gabinete, que será presidido pelo próprio Berlusconi - seus aliados já garantiram o apoio necessário -, devem se prolongar até o meio-dia, horário local.

Ontem, pouco depois de apresentar o pedido de demissão, Berlusconi assegurou que tinha a lista dos novos integrantes do Gabinete "na cabeça", e que não haveria muitas mudanças em relação ao precedente. Segundo ele, estarão entre suas prioridades fortalecer a enfraquecida economia italiana, promover o desenvolvimento do sul do país e incentivar as pequenas e microempresas.

De sua parte, a oposição considerou que Berlusconi não fez mais que sua obrigação ao renunciar, tendo em vista os resultados das últimas eleições regionais, amplamente favoráveis à oposição, que evidenciaram toda a insatisfação do eleitorado italiano com o desempenho do primeiro-ministro.

"Em 2001 os italianos confiaram a responsabilidade do governo à centro-direita e, depois de quatro anos, os mesmos cidadãos, com seu voto, retiraram essa confiança", disse o líder da oposição italiana, Romano Prodi, em referência à esmagadora derrota sofrida pela coalizão governista nas eleições regionais de 3 e 4 de abril.

Prodi acrescentou que, na atual situação, a maioria de centro-direita "não parece capaz de garantir a força de governo necessária" e adiantou que os líderes da centro-esquerda se reunirão hoje para "avaliar, com seriedade e profundidade, a situação política criada com a demissão".





Fonte: AE-EFE

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