Exportações desaceleram em MT

As exportações mato-grossense apresentaram desaceleração no crescimento no primeiro trimestre deste ano. As vendas ao mercado externo aumentaram apenas 11,23% em relação a igual período do ano passado. Esse percentual é considerado baixo se comparado aos 67% de aumento obtidos no desempenho entre os primeiros trimestres de 2004 e 2003. A desvalorização do preço das commodities no mercado internacional e a oscilação cambial são os responsáveis pelo desaquecimento. Os embarques no país acumulam alta de 25,72% de janeiro a março deste ano.

Em 2003 o Estado comercializou em torno de US$ 375 milhões de janeiro a março. No ano passado as vendas para o exterior totalizaram quase US$ 626 milhões no mesmo período. Já nos três primeiros meses deste ano o valor exportado foi pouco mais de US$ 696 milhões.

Carro chefe das vendas externas, a soja, que representa 73,4% de todas as exportações de Mato Grosso era comercializada por cerca de US$ 0,28 o quilo no início de 2004. Hoje a média de preço do produto no mercado internacional é de US$ 0,24. O algodão, segundo produto mais vendido nos três primeiros meses de 2005, também sofreu desvalorização. No ano passado o quilo de algodão valia US$ 1,18 e agora custa cerca de US$ 0,92. Mas não foram apenas esses produtos que tiveram retração no valor. Já o milho que era vendido por cerca de US$ 0,11 o quilo, está sendo comercializado em média a US$ 0,09 o quilo.

Para o assessor técnico do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Emerson Moura, como a exportação mato-grossense é baseada em cinco produtos primários (soja, milho, algodão, madeira e carne) a pauta de exportações é muito vulnerável. Segundo ele, qualquer imprevisto climático ou oscilação no preço do dólar pode representar grandes perdas para o Estado.