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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 07:13
Por: Isabel Sobral

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Brasília - A Infraero, estatal que administra os 66 aeroportos brasileiros, deverá receber um aporte de R$ 400 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dentro de um plano de reestruturação que poderá envolver também o aumento de tarifas aeroportuárias e a abertura de capital da empresa. Esse programa foi discutido ontem em reunião, não conclusiva, entre técnicos da empresa e da área econômica.

Os recursos são no montante necessário para concluir as obras de modernização dos aeroportos de Vitória (ES), Goiânia (GO), Maceió (AL) e dos aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos (SP) e Santos Dumont (RJ), ainda este ano, e para adaptar as instalações às regras internacionais de segurança da aviação.

A preocupação da Infraero em obter recursos para a conclusão das obras nos aeroportos e a necessidade de adequação às regras internacionais de segurança da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), braço da Organização das Nações Unidas (ONU), está sendo debatida no governo desde a semana passada. Na terça-feira à noite, o assunto foi tratado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o ministro da Casa Civil, José Dirceu, o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, além do presidente da estatal, Carlos Wilson. Nesse encontro, foi decidido o aporte de R$ 400 milhões.

"recuperar" seu investimento. Hoje, o BNDES tem 11,2% das ações da estatal e, ao fazer o aporte, poderá elevar essa participação para até 40%. O Tesouro Nacional tem hoje os 88,8% restantes de ações. A área econômica defende que a injeção do dinheiro venha acompanhada de um plano de elevação das receitas próprias da Infraero.

Entre as alternativas em discussão está a abertura de capital da empresa, com venda de ações da Infraero no mercado financeiro. Essa opção ainda esbarra em questões técnicas, como a administração dos aeroportos deficitários após uma entrada de investidores particulares. Dos 66 aeroportos, apenas 15 se sustentam financeiramente ou dão lucro. Também está em avaliação o aumento das tarifas aeroportuárias cobradas de empresas e passageiros. Essa opção esbarra no desgaste político do governo.




Fonte: Agência Estado

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