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Crise no Equador ´preocupa´ governo, diz Itamaraty
Brasília - "O governo brasileiro acompanha com preocupação a crise política no Equador que levou à decisão, tomada hoje, 20 de abril, em sessão especial de legisladores, de declarar vacante o cargo de presidente da República e de empossar no cargo o vice-presidente, Alfredo Palacio", afirma o texto de uma nota oficial divulgada pela Assessoria de Imprensa do Itamaraty.
Afirma ainda a nota oficial: "O Brasil recorda os termos da Declaração dos Chanceleres da Comunidade Sul-Americana de Nações, emitida em Brasília ontem, 19 de abril, e reitera o apelo às forças políticas equatorianas no sentido de conciliar suas posições em torno de solução constitucional que assegure a restauração da normalidade institucional, da estabilidade interna e da paz social para todos os equatorianos, com respeito aos direitos humanos".
Mediador - O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, foi acionado para mediar a crise entre o governo Lúcio Gutiérrez e a oposição equatoriana. Ainda em São Paulo, Garcia conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre sua atuação. Mas quando contatou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua missão já havia sido atropelada pelos acontecimentos na capital equatoriana.
O pedido de mediação, conforme relatou ao Estado, partiu de interlocutores do agora ex-presidente Gutiérrez. "Aconteceu o que eu temia. Uma crise superestrutural levou o povo às ruas e acabou na destituição do presidente Gutiérrez. Lamentamos o desfecho da crise", afirmou Garcia, a caminho do aeroporto de Guarulhos. O assessor embarcou à noite para Sevilha, na Espanha, onde participará de um seminário sobre a reunião de cúpula ibero-americana.
Garcia comentou que havia conversado longamente sobre a crise no Equador, na terça-feira, com o chanceler Patrício Zuquilanda Duque, que participava em Brasília da reunião de chanceleres da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa). Na ocasião, Zuquilanda pediu a sua opinião sobre a possível criação de uma comissão de intermediação do diálogo entre o governo e a oposição, que seria formada por Felipe González, ex-primeiro ministro espanhol, Alan Garcia, ex-presidente do Peru, e Enrique Iglesias, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O assessor do presidente Lula sugeriu os nomes do ex-presidente José Sarney e o argentino Raúl Alfonsín, no lugar de González e de Alan Garcia. Mas reiterou que o governo brasileiro estaria disponível para missão, caso fosse este o entendimento do Equador, e que pessoalmente "toparia" a função de mediador, se o governo brasileiro o autorizasse. A idéia teria sido recebida com "simpatia" por Zuquilanda, conforme relatou.
Há três semanas, em Quito, Garcia havia participado de um seminário organizado pelo principal líder da oposição, o prefeito da capital equatoriana, Paco Moncayo. Mas aproveitou o evento para entrar em contato também com o gabinete de Gutiérrez. Desde dezembro passado, quando Gutiérrez substituiu os membros da Corte Suprema de Justiça, o governo brasileiro vinha acompanhando atentamente a crise política no país.
Afirma ainda a nota oficial: "O Brasil recorda os termos da Declaração dos Chanceleres da Comunidade Sul-Americana de Nações, emitida em Brasília ontem, 19 de abril, e reitera o apelo às forças políticas equatorianas no sentido de conciliar suas posições em torno de solução constitucional que assegure a restauração da normalidade institucional, da estabilidade interna e da paz social para todos os equatorianos, com respeito aos direitos humanos".
Mediador - O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, foi acionado para mediar a crise entre o governo Lúcio Gutiérrez e a oposição equatoriana. Ainda em São Paulo, Garcia conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre sua atuação. Mas quando contatou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua missão já havia sido atropelada pelos acontecimentos na capital equatoriana.
O pedido de mediação, conforme relatou ao Estado, partiu de interlocutores do agora ex-presidente Gutiérrez. "Aconteceu o que eu temia. Uma crise superestrutural levou o povo às ruas e acabou na destituição do presidente Gutiérrez. Lamentamos o desfecho da crise", afirmou Garcia, a caminho do aeroporto de Guarulhos. O assessor embarcou à noite para Sevilha, na Espanha, onde participará de um seminário sobre a reunião de cúpula ibero-americana.
Garcia comentou que havia conversado longamente sobre a crise no Equador, na terça-feira, com o chanceler Patrício Zuquilanda Duque, que participava em Brasília da reunião de chanceleres da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa). Na ocasião, Zuquilanda pediu a sua opinião sobre a possível criação de uma comissão de intermediação do diálogo entre o governo e a oposição, que seria formada por Felipe González, ex-primeiro ministro espanhol, Alan Garcia, ex-presidente do Peru, e Enrique Iglesias, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O assessor do presidente Lula sugeriu os nomes do ex-presidente José Sarney e o argentino Raúl Alfonsín, no lugar de González e de Alan Garcia. Mas reiterou que o governo brasileiro estaria disponível para missão, caso fosse este o entendimento do Equador, e que pessoalmente "toparia" a função de mediador, se o governo brasileiro o autorizasse. A idéia teria sido recebida com "simpatia" por Zuquilanda, conforme relatou.
Há três semanas, em Quito, Garcia havia participado de um seminário organizado pelo principal líder da oposição, o prefeito da capital equatoriana, Paco Moncayo. Mas aproveitou o evento para entrar em contato também com o gabinete de Gutiérrez. Desde dezembro passado, quando Gutiérrez substituiu os membros da Corte Suprema de Justiça, o governo brasileiro vinha acompanhando atentamente a crise política no país.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344723/visualizar/
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