Pedida prisão preventiva de acusados de estupro em Campinas

Campinas - A Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas concluiu nesta quarta-feira a investigação sobre o estupro de uma universitária de 24 anos, relatou o inquérito à Justiça e pediu a prisão preventiva de três acusados, detidos há cerca de duas semanas em prisão temporária. O advogado da vítima, Ralph Tórtima Stettinger Filho, também entrou na Justiça com a queixa-crime e com o pedido de preventiva.

O estupro teria ocorrido em dezembro do ano passado, depois de uma festa de confraternização dos alunos de arquitetura da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas). A vítima afirmou ter sido dopada e estuprada pelos rapazes. Ela disse que perdeu a consciência ainda na festa e foi levada para a república Capela, onde moram os três acusados e onde o crime teria ocorrido.

Os rapazes negam a acusação e garantem que a jovem pediu carona até a república e desceu do carro andando. Eles afirmam que ela estava consciente e participou espontaneamente do episódio. A polícia localizou fotografias em um computador apreendido na república. Em uma delas, a jovem parece estar inconsciente em companhia dos três acusados, um deles de bermuda abaixada.

A estudante disse se lembrar apenas de ter acordado nua e ferida no banheiro da república. Em conversas telefônicas gravadas por ela, os acusados, todos de 22 anos, garantem que nada havia ocorrido e que apenas a levaram ao banheiro para dar-lhe um banho. Segundo o advogado, o inquérito deverá ser encaminhado segunda-feira ao juiz, que irá analisar o caso, decidir se acata a denúncia para abrir o processo e o pedido de prisão preventiva. "Ele pode encaminhar o inquérito à avaliação do Ministério Público antes de decidir se acata a denúncia", explicou.

A advogada de um dos rapazes, Maria da Glória Cavalcanti Dardenne não foi localizada pela reportagem. A advogada dos outros dois acusados, Maria Elizabeth Queijo, disse que ainda não havia sido notificada da conclusão do inquérito.