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Internacional
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 19:37

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Beirute - Do Paquistão à Síria, da Malásia à Arábia Saudita, muçulmanos deram as boas-vindas ao papa Bento XVI, na esperança de que venha a promover a harmonia entre as duas religiões. Já os conservadores dentro do mundo islâmico vêem o novo pontífice como um aliado no combate à cultura secular.

Há uma esperança generalizada de que Bento siga os passos de seu antecessor, João Paulo II, e estenda a mão para o Islã. João Paulo II é muito admirado entre os muçulmanos. Foi o primeiro papa a visitar uma mesquita, falou contra a invasão do Iraque e pediu um fim pacífico para o conflito entre israelenses e palestinos.

Mas, como cardeal, Bento XVI tomou cuidado para que o diálogo que João Paulo II com outras religiões não passasse de certos limites. O decreto Senhor Jesus, de 2000, define a Igreja Católica como única via de salvação para a humanidade.

No que diz respeito a questões de moral, clérigos islâmicos vêem sintonia entre suas idéias e as de Bento XVI. Como diz o xeque xiita Fauzi al-Seif, "as coisas de que o papa fala são as coisas de que os clérigos de al-Azhar falam e do que as mais proeminentes autoridades xiitas falam". Al-Azhar é o nome de um dos principais centros de estudos sunitas do mundo, localizado no Egito.

Uma dessas questões comuns, diz o líder islâmico paquistanês Anis Ahmad, é o desafio imposto pela "secularização da sociedade". "Sábios muçulmanos e o Vaticano deveriam colaborar na luta contra a disseminação da cultura da camisinha pelo fortalecimento da fibra moral, compromisso religioso e papel ativo da família no combate ao mal social", disse Ahmad.





Fonte: AP

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