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Internacional
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 19:00

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Londres - Comunidades de gays e lésbicas criticaram nesta quarta-feira a nomeação de Joseph Ratzinger como papa e prevêem que as campanhas do Vaticano condenando os homossexuais vão aumentar.

A organização britânica OutRage, que defende os direitos dos homossexuais, sustentou que a eleição de Ratzinger "é um desastre para as mulheres, os homossexuais e os valores liberais".

Peter Tarchell, presidente da organização, prevê que Ratzinger vai aplicar "uma linha fundamentalista do catolicismo que se opõe aos preservativos, não admite os direitos das mulheres, nega os tratamentos de reprodução assistida e sustenta a discriminação contra os homossexuais".



Outros protestos

A organização Coletivo dos Gays e Lésbicas da Espanha definiu a eleição de Ratzinger "como a pior opção": "sempre nos tratou como se fôssemos doentes".

Arnaldo Gancedo, porta-voz do grupo espanhol, declarou à Ansa que Ratzinger "representa a hierarquia católica mais conservadora" e sua eleição foi para os homossexuais "uma péssima notícia", pois, "não é um papa que vem precedido de uma aura liberal".

Também a organização Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays (PFLAG) dos Estados Unidos qualificou de "preocupante" a eleição o novo pontífice. "Esta eleição não representa um motivo de esperança para o futuro", sustentou a entidade, após recordar que Ratzinger em 2002 "redigiu um documento do Vaticano condenando o matrimônio entre homossexuais".

Por outro lado, a organização norte-americana "Human Life International" afirmou que Ratzinger "será um defensor incorruptível da vida". Thomas Euteneuer, presidente da organização, sustentou que o "Papa Bento XVI continuará a vigorosa defesa da Igreja sobre a santidade da vida humana".





Fonte: Ansa

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