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Congresso afasta Gutiérrez e governo não reconhece a decisão
Uma maioria de deputados opositores ao governo equatoriano, reunidos em uma sede provisória do Parlamento, afastou nesta quarta-feira o presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, em medida não reconhecida pelo Executivo. Após o anúncio, uma multidão saiu às ruas. Um grande aparato policial controla os manifestantes.
A decisão legislativa foi aprovada com 60 votos dos 62 legisladores presentes. O vice-presidente, Alfredo Palacio, foi designado como novo presidente.
As Forças Armadas do Equador retiraram o apoio ao presidente Lucio Gutiérrez, segundo um comunicado lido pelo ministro da Defesa, Nelson Herrera. Herrera leu um comunicado onde anuncia a decisão de retirar o apoio ao presidente, que poucos minutos antes havia sido destituído pelo Congresso.
"O coronel Lucio Gutiérrez abandonou o cargo de presidente e em conseqüência devem operar os mecanismos de sucessão constitucional", afirma textualmente a moção votada. O secretário-geral da presidência, Carlos Pólit, disse que o governo desconhece a decisão do Parlamento.
Centenas de estudantes equatorianos atearam fogo nas portas do edifício onde funciona provisoriamente o Parlamento do país hoje pela manhã, em protesto contra o governo do presidente Lucio Gutiérrez.
Os manifestantes entraram nas instalações do Parlamento, no centro de Quito, levando uma tocha. Poucos minutos depois chamas foram vistas na porta do edifício do Legislativo.
A polícia se manteve no lugar, mas não conseguiu conter os estudantes, apesar da grande quantidade de gás lacrimogêneo que lançou contra eles, como mostraram as imagens de TV. O estado do interior do prédio ainda é desconhecido e não foi informado se existem feridos.
Depois dos enfrentamentos, os manifestantes favoráveis ao governo avançaram em uma marcha em direção ao centro de Quito, aparentemente indo para o Palácio Presidencial de Carondelet, em cujos arredores também há protestos contra o governo.
Enquanto os estudantes protagonizavam incidentes no Parlamento, também na região do Conselho Provincial havia enfrentamentos entre manifestantes e a polícia.
Durante os confrontos, o secretário de imprensa da presidência, Carlos Pólit, pediu tranqüilidade aos cidadãos e o respeito à Constituição e ao governo.
Uma mulher ainda não identificada morreu em uma das zonas de protesto, informou Rody Camino, porta-voz da Cruz Roja Equatoriana. Ela sofreu uma grave lesão na cabeça e teve perda de massa encefálica. Não se sabe ainda se a mulher participava dos protestos ou estava apenas passando pelo local. Na terça-feira, um fotógrafo chileno morreu asfixiado pelos gases lacrimogêneos utilizados pela polícia.
Conflitos provocaram renúncia
Os diversos conflitos que vêm acontecendo no país levaram o comandante-geral da polícia do Equador, Jorge Poveda, a apresentar hoje sua demissão ao presidente Gutiérrez, ao afirmar que não pode "ser testemunha do confronto do povo".
Em declaração aos jornalistas no Comando da Polícia em Quito, Poveda indicou que apresentava a Gutiérrez "a baixa voluntária irrevogável da instituição policial", pois não poderia "seguir prestando" e vendo continuar o "enfrentamento mantido com a população".
Enquanto Poveda renunciava, na Praça Grande do centro histórico de Quito, onde fica o Palácio de Carondelet, uma dezena de caminhões do exército chegou com centenas de militares e ocuparam a área da sede presidencial, que é custodiada pela polícia.
Oficiais da Guarda Presidencial e policiais, equipado com material antidistúrbios, dissolveram de manhã vários grupos de manifestantes contrários ao governante, a maioria estudantes, quando tentaram se aproximar da sede do Executivo.
A demissão do maior comando policial do país agrava a crise política do Equador, onde milhares de manifestantes saíram durante a última semana às ruas em Quito para exigir a renúncia do presidente Gutiérrez.
Na declaração na qual apresentou sua demissão, Poveda lamentou o sucedido ontem no centro de Quito, quando um fotógrafo chileno morreu devido à asfixia provocada pela inalação de gases lacrimogêneos utilizados pelos milhares de policiais e militares que custodiavam o palácio presidencial.
Cerca de 200 pessoas tiveram que ser atendidas em hospitais da zona, a maioria com sintomas de asfixia e o resto com contusões e feridas causadas pela intervenção policial contra os manifestantes.
As Forças Armadas do Equador retiraram o apoio ao presidente Lucio Gutiérrez, segundo um comunicado lido pelo ministro da Defesa, Nelson Herrera. Herrera leu um comunicado onde anuncia a decisão de retirar o apoio ao presidente, que poucos minutos antes havia sido destituído pelo Congresso.
"O coronel Lucio Gutiérrez abandonou o cargo de presidente e em conseqüência devem operar os mecanismos de sucessão constitucional", afirma textualmente a moção votada. O secretário-geral da presidência, Carlos Pólit, disse que o governo desconhece a decisão do Parlamento.
Centenas de estudantes equatorianos atearam fogo nas portas do edifício onde funciona provisoriamente o Parlamento do país hoje pela manhã, em protesto contra o governo do presidente Lucio Gutiérrez.
Os manifestantes entraram nas instalações do Parlamento, no centro de Quito, levando uma tocha. Poucos minutos depois chamas foram vistas na porta do edifício do Legislativo.
A polícia se manteve no lugar, mas não conseguiu conter os estudantes, apesar da grande quantidade de gás lacrimogêneo que lançou contra eles, como mostraram as imagens de TV. O estado do interior do prédio ainda é desconhecido e não foi informado se existem feridos.
Depois dos enfrentamentos, os manifestantes favoráveis ao governo avançaram em uma marcha em direção ao centro de Quito, aparentemente indo para o Palácio Presidencial de Carondelet, em cujos arredores também há protestos contra o governo.
Enquanto os estudantes protagonizavam incidentes no Parlamento, também na região do Conselho Provincial havia enfrentamentos entre manifestantes e a polícia.
Durante os confrontos, o secretário de imprensa da presidência, Carlos Pólit, pediu tranqüilidade aos cidadãos e o respeito à Constituição e ao governo.
Uma mulher ainda não identificada morreu em uma das zonas de protesto, informou Rody Camino, porta-voz da Cruz Roja Equatoriana. Ela sofreu uma grave lesão na cabeça e teve perda de massa encefálica. Não se sabe ainda se a mulher participava dos protestos ou estava apenas passando pelo local. Na terça-feira, um fotógrafo chileno morreu asfixiado pelos gases lacrimogêneos utilizados pela polícia.
Conflitos provocaram renúncia
Os diversos conflitos que vêm acontecendo no país levaram o comandante-geral da polícia do Equador, Jorge Poveda, a apresentar hoje sua demissão ao presidente Gutiérrez, ao afirmar que não pode "ser testemunha do confronto do povo".
Em declaração aos jornalistas no Comando da Polícia em Quito, Poveda indicou que apresentava a Gutiérrez "a baixa voluntária irrevogável da instituição policial", pois não poderia "seguir prestando" e vendo continuar o "enfrentamento mantido com a população".
Enquanto Poveda renunciava, na Praça Grande do centro histórico de Quito, onde fica o Palácio de Carondelet, uma dezena de caminhões do exército chegou com centenas de militares e ocuparam a área da sede presidencial, que é custodiada pela polícia.
Oficiais da Guarda Presidencial e policiais, equipado com material antidistúrbios, dissolveram de manhã vários grupos de manifestantes contrários ao governante, a maioria estudantes, quando tentaram se aproximar da sede do Executivo.
A demissão do maior comando policial do país agrava a crise política do Equador, onde milhares de manifestantes saíram durante a última semana às ruas em Quito para exigir a renúncia do presidente Gutiérrez.
Na declaração na qual apresentou sua demissão, Poveda lamentou o sucedido ontem no centro de Quito, quando um fotógrafo chileno morreu devido à asfixia provocada pela inalação de gases lacrimogêneos utilizados pelos milhares de policiais e militares que custodiavam o palácio presidencial.
Cerca de 200 pessoas tiveram que ser atendidas em hospitais da zona, a maioria com sintomas de asfixia e o resto com contusões e feridas causadas pela intervenção policial contra os manifestantes.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344797/visualizar/

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