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Karol Wojtyla era espionado pela polícia da Polônia
Varsóvia - A polícia comunista polonesa espionou Karol Wojtyla desde 1946 (quando o futuro papa João Paulo II era ainda vigário em uma paróquia) até sua primeira visita como Pontífice ao país, em 1979, revelou o presidente do Instituto da Memória Nacional (IPN), Leon Kieres.
Segundo o jornal Rzeczpospolita, nos arquivos do IPN há documentos que demonstram que, entre as pessoas mais próximas de Karol Wojtyla, sempre houve vários informantes da polícia.
"Nos momentos de vigilância mais intensa, o bispo da Cracóvia e posterior cardeal Wojtyla era espionado por mais de dez pessoas de seu contexto", acrescentou Kieres.
Desde que Wojtyla, então vigário da paróquia de Niegowic, participou em 3 de maio de 1946 de uma manifestação estudantil abafada pela polícia, em todas as viagens que ele fazia pela Polônia tinha a companhia de vários agentes secretos.
O polonês também era vigiado de maneira rigorosa pela polícia do lugar a que chegava, que tinha a ordem de seguir todos seus passos e informar sobre eles o Serviço de Segurança (SB) em Varsóvia.
Kieres disse ao Rzeczpospolita que há fitas com conversas mantidas pelos confidentes com os agentes do SB. O jornal acrescenta que, entre as vozes gravadas, pelo menos uma, reconhecida por Kieres, pertence a um sacerdote conhecido.
Sacerdotes espiões
Há uma semana, o IPN divulgou uma série de documentos com novos dados sobre a vigilância a que Wojtyla era submetido. "É inquestionável que entre as pessoas que espiavam Wojtyla havia pelo menos vários sacerdotes bastante conhecidos na Polônia", destacou Kieres.
Inclusive depois de ter sido eleito papa, Wojtyla continuou sendo espionado, pois durante sua primeira visita à Cracóvia como pontífice o regime comunista mobilizou 480 agentes especiais para vigiar todos os passos do polonês pela cidade.
Há muitos relatórios elaborados pelos confidentes e colaboradores da polícia, sacerdotes que se encontravam perto de Wojtyla. "Na década de 60 eram confidentes do SB o diretor administrativo do semanário católico Tygodnik Powszechny e pelo menos três sacerdotes da Cúria Metropolitana da Cracóvia", disse Kieres.
Karol Wojtyla colaborou durante vários anos com o Tygodnik Powszechny, em que publicou poemas e muitos artigos relacionados com assuntos religiosos e sociais. SB instalou escutas nas casas de Wojtyla e na redação da revista Tygodnik Powszechny.
Papa sabia de espionagem
"Wojtyla sabia muito bem que era espionado, porque alguns dos confidentes da polícia, fartos do papel que desempenhavam, confessaram isso a ele, mas ele jamais falou com ninguém a respeito", disse Kieres.
Quando esteve na Polônia em sua primeira peregrinação, em 1979, quatro dos jornalistas que o acompanhavam constantemente como representantes da agência polonesa Interpress eram agentes secretos que tinham a missão de controlar todos seus contatos.
"Naquela peregrinação no entorno do papa João Paulo II havia oito informantes do SB e quatro agentes especiais. Dois eram agentes do serviço de proteção do governo e os outros dois se faziam passar por jornalistas", disse Kieres.
Desde que foi nomeado bispo, em 1958, até ter sido eleito papa, em 1978, a polícia comunista tentou botar Wojtyla contra o primaz da Igreja da Polônia, o cardeal Stefan Wyszynski.
Segundo o jornal Rzeczpospolita, nos arquivos do IPN há documentos que demonstram que, entre as pessoas mais próximas de Karol Wojtyla, sempre houve vários informantes da polícia.
"Nos momentos de vigilância mais intensa, o bispo da Cracóvia e posterior cardeal Wojtyla era espionado por mais de dez pessoas de seu contexto", acrescentou Kieres.
Desde que Wojtyla, então vigário da paróquia de Niegowic, participou em 3 de maio de 1946 de uma manifestação estudantil abafada pela polícia, em todas as viagens que ele fazia pela Polônia tinha a companhia de vários agentes secretos.
O polonês também era vigiado de maneira rigorosa pela polícia do lugar a que chegava, que tinha a ordem de seguir todos seus passos e informar sobre eles o Serviço de Segurança (SB) em Varsóvia.
Kieres disse ao Rzeczpospolita que há fitas com conversas mantidas pelos confidentes com os agentes do SB. O jornal acrescenta que, entre as vozes gravadas, pelo menos uma, reconhecida por Kieres, pertence a um sacerdote conhecido.
Sacerdotes espiões
Há uma semana, o IPN divulgou uma série de documentos com novos dados sobre a vigilância a que Wojtyla era submetido. "É inquestionável que entre as pessoas que espiavam Wojtyla havia pelo menos vários sacerdotes bastante conhecidos na Polônia", destacou Kieres.
Inclusive depois de ter sido eleito papa, Wojtyla continuou sendo espionado, pois durante sua primeira visita à Cracóvia como pontífice o regime comunista mobilizou 480 agentes especiais para vigiar todos os passos do polonês pela cidade.
Há muitos relatórios elaborados pelos confidentes e colaboradores da polícia, sacerdotes que se encontravam perto de Wojtyla. "Na década de 60 eram confidentes do SB o diretor administrativo do semanário católico Tygodnik Powszechny e pelo menos três sacerdotes da Cúria Metropolitana da Cracóvia", disse Kieres.
Karol Wojtyla colaborou durante vários anos com o Tygodnik Powszechny, em que publicou poemas e muitos artigos relacionados com assuntos religiosos e sociais. SB instalou escutas nas casas de Wojtyla e na redação da revista Tygodnik Powszechny.
Papa sabia de espionagem
"Wojtyla sabia muito bem que era espionado, porque alguns dos confidentes da polícia, fartos do papel que desempenhavam, confessaram isso a ele, mas ele jamais falou com ninguém a respeito", disse Kieres.
Quando esteve na Polônia em sua primeira peregrinação, em 1979, quatro dos jornalistas que o acompanhavam constantemente como representantes da agência polonesa Interpress eram agentes secretos que tinham a missão de controlar todos seus contatos.
"Naquela peregrinação no entorno do papa João Paulo II havia oito informantes do SB e quatro agentes especiais. Dois eram agentes do serviço de proteção do governo e os outros dois se faziam passar por jornalistas", disse Kieres.
Desde que foi nomeado bispo, em 1958, até ter sido eleito papa, em 1978, a polícia comunista tentou botar Wojtyla contra o primaz da Igreja da Polônia, o cardeal Stefan Wyszynski.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344804/visualizar/
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