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Novo reitor assume Unicamp criticando reforma do MEC
Campinas (SP) - O novo reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o engenheiro de alimentos José Tadeu Jorge, assumiu o cargo fazendo uma defesa da autonomia universitária, numa resposta crítica à reforma proposta pelo governo federal. Ele foi nomeado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), depois de ter encabeçado a lista de mais votados pela comunidade acadêmica.
Para Jorge, a proposta do MEC "falha bastante". O sistema de educação no País deve ser considerado como um todo, disse ele.
"As providências têm que começar pelos ensinos fundamental, médio e técnico. Isso nos parece bastante óbvio", alegou o reitor. Dessa forma, insistiu, "naturalmente o acesso à universidade será melhorado".
Defendeu ainda uma planejamento estratégico do ensino superior. "Não é razoável que as necessidades sejam as mesmas em todas as regiões e Estados".
Jorge alertou que é necessário antes um bom diagnóstico para traçar metas para as universidades conforme as regiões em que estão instaladas. "Aí sim, construir algo, se quiserem chamar de reforma, que organize o ensino superior."
Afirmou que as universidades devem se dedicar aos cursos "que conseguem dar com mais qualidade em sintonia com a região e o processo de desenvolvimento". Para o novo reitor, as universidades precisam de "total liberdade para fazer sua definição balizada pelo processo de autonomia".
Reserva de vagas
Ele também questionou a reserva de vagas. Lembrou que a Unicamp conseguiu ampliar o acesso de estudantes da rede pública no vestibular deste ano com o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), que deverá ser mantido.
"É uma solução criativa e qualificada", disse o reitor. O Programa beneficia com bônus na pontuação alunos que cursaram todo o segundo grau em escolas públicas.
Ele citou ainda a continuação do projeto Universidade de Portas Abertas (UPA), no qual esses alunos são convidados a conhecer e se aproximar da Unicamp.
Outro projeto que será ampliado é o de qualificação e atualização do conhecimento de professores do segundo grau, chamado Teia do Saber. Em 2003, 650 professores freqüentaram o curso e em 2004, 2.500. Este ano, o projeto será ampliado para 7.500 docentes e também para professores de filosofia do ensino médio e diretores de escolas públicas.
Campus em Limeira
A Unicamp apresenta ainda este semestre ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) o projeto para a implantação de um novo campus em um terreno de 500 mil metros quadrados que pertence à universidade em Limeira. De acordo com o novo reitor, serão necessários R$ 50 milhões para a construção do prédio, além da verba de custeio.
O novo campus vai atender 1.000 alunos de graduação em quatro anos, sendo 250 alunos por ano. Serão implantados no local 12 cursos ao longo desses quatro anos.
Segundo Jorge, o projeto está sendo finalizado para ser apresentado ao governo estadual. Mas ele comentou que as obras de infra-estrutura deverão levar um ano para serem concluídas.
Um dos pontos a serem negociados com o governo do Estado é que o custeio do novo campus, com professores e manutenção, não tenham impacto sobre o atual orçamento da universidade, estimado em pouco mais de R$ 800 milhões este ano.
Jorge assumiu o cargo na terça-feira, um ano antes do previsto para a substituição de Carlos Henrique de Brito Cruz, que foi designado para a diretoria científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Jorge, de 52 anos, era vice-reitor de Cruz.
Para Jorge, a proposta do MEC "falha bastante". O sistema de educação no País deve ser considerado como um todo, disse ele.
"As providências têm que começar pelos ensinos fundamental, médio e técnico. Isso nos parece bastante óbvio", alegou o reitor. Dessa forma, insistiu, "naturalmente o acesso à universidade será melhorado".
Defendeu ainda uma planejamento estratégico do ensino superior. "Não é razoável que as necessidades sejam as mesmas em todas as regiões e Estados".
Jorge alertou que é necessário antes um bom diagnóstico para traçar metas para as universidades conforme as regiões em que estão instaladas. "Aí sim, construir algo, se quiserem chamar de reforma, que organize o ensino superior."
Afirmou que as universidades devem se dedicar aos cursos "que conseguem dar com mais qualidade em sintonia com a região e o processo de desenvolvimento". Para o novo reitor, as universidades precisam de "total liberdade para fazer sua definição balizada pelo processo de autonomia".
Reserva de vagas
Ele também questionou a reserva de vagas. Lembrou que a Unicamp conseguiu ampliar o acesso de estudantes da rede pública no vestibular deste ano com o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), que deverá ser mantido.
"É uma solução criativa e qualificada", disse o reitor. O Programa beneficia com bônus na pontuação alunos que cursaram todo o segundo grau em escolas públicas.
Ele citou ainda a continuação do projeto Universidade de Portas Abertas (UPA), no qual esses alunos são convidados a conhecer e se aproximar da Unicamp.
Outro projeto que será ampliado é o de qualificação e atualização do conhecimento de professores do segundo grau, chamado Teia do Saber. Em 2003, 650 professores freqüentaram o curso e em 2004, 2.500. Este ano, o projeto será ampliado para 7.500 docentes e também para professores de filosofia do ensino médio e diretores de escolas públicas.
Campus em Limeira
A Unicamp apresenta ainda este semestre ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) o projeto para a implantação de um novo campus em um terreno de 500 mil metros quadrados que pertence à universidade em Limeira. De acordo com o novo reitor, serão necessários R$ 50 milhões para a construção do prédio, além da verba de custeio.
O novo campus vai atender 1.000 alunos de graduação em quatro anos, sendo 250 alunos por ano. Serão implantados no local 12 cursos ao longo desses quatro anos.
Segundo Jorge, o projeto está sendo finalizado para ser apresentado ao governo estadual. Mas ele comentou que as obras de infra-estrutura deverão levar um ano para serem concluídas.
Um dos pontos a serem negociados com o governo do Estado é que o custeio do novo campus, com professores e manutenção, não tenham impacto sobre o atual orçamento da universidade, estimado em pouco mais de R$ 800 milhões este ano.
Jorge assumiu o cargo na terça-feira, um ano antes do previsto para a substituição de Carlos Henrique de Brito Cruz, que foi designado para a diretoria científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Jorge, de 52 anos, era vice-reitor de Cruz.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344933/visualizar/
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