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Internacional
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 11:37

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Joseph Ratzinger "não estava muito inclinado a aceitar" a eleição dele como papa, afirmou o cardeal venezuelano Rosalio Castillo Lara, que acredita que a América Latina o receberá bem como novo Pontífice.

Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal La Stampa, o cardeal Castillo, que não participou do Conclave por ter mais de 80 anos, afirma que "conhece muito bem" Ratzinger, um homem "humano e simpático" que "não é conservador".

O purpurado venezuelano, de 83 anos, afirma que antes da eleição dissera ao atual papa que se estivesse no Conclave daria a ele seu voto.

"Eu disse a ele: peço que não recuse caso seja eleito", afirma o prelado, que destaca que o então purpurado alemão "não era muito inclinado a aceitar. Mas aceitou, com muito espírito de fé".

O venezuelano também afirma que os fiéis na América Latina "não farão nenhuma distinção" pela nacionalidade do sucessor de João Paulo II.

"Para eles o papa é o papa, não lhes importa se é alemão, italiano, hondurenho ou chinês", afirma, apesar de reconhecer que "seria muito conveniente que (no futuro) houvesse um papa da América Latina, porque o maior número de católicos está na região".

Sobre a fama de conservador do papa, o venezuelano afirma que "não é de maneira alguma verdade que Ratzinger seja conservador".

Ele é uma pessoa "muito humana, muito simpática; é provável que por ter sido durante tantos anos prefeito (da Congregação para a Doutrina) da Fé não tenha podido mostrar todas seus dotes de humanidade", acrescenta.

O cardeal Castillo afirma que o papa "levará adiante a obra de João Paulo II, mas de um modo original. Não será uma cópia", acrescenta, ao opinar que Bento XVI "continuará as viagens" de seu antecessor.





Fonte: EFE

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