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Mídia aponta conservadorismo do papa e decepção dos progressistas
A eleição do cardeal Joseph Ratzinger como papa Bento XVI foi o grande assunto desta quarta-feira na imprensa da Europa e dos EUA, que destaca o conservadorismo do Pontífice e a decepção de setores progressistas da Igreja Católica.
Alguns jornais, como britânicos, ressaltam que o papa eleito era o candidato mais conservador, controvertido e reacionário de todos os possíveis aspirantes a Pontífice, e o americano The Washington Post questiona a capacidade dele de unir os fiéis católicos.
Depois da eleição em um dos Conclaves mais curtos da História, Ratzinger, de 78 anos, é descrito como fiel à ortodoxia católica.
A imprensa italiana destaca a condição de Ratzinger como sólido teólogo, mas afirma que o papa foi durante mais de 20 anos um defensor da doutrina tradicional da Igreja Católica.
O Corriere della Sera, de Milão, lembra que a eleição foi rápida, após quatro votações. O papa foi definido como um "homem de grande cultura" que teve um passado como inovador e progressista e que é "avesso aos aplausos".
O jornal La Repubblica, de Roma, afirma que se trata de um teólogo que se opõe ao relativismo cultural. Já o Il messaggero, de Roma, afirma que Ratzinger é "um teólogo em defesa da unidade da Igreja", mas que causa reticências nos setores progressistas.
Esse jornal diz que o nome é uma homenagem a Bento XV, que foi papa entre 1914 e 1922 e se caracterizou pela rejeição à guerra.
O Avvenire, jornal da Conferência Episcopal Italiana, apresenta um perfil do religioso alemão, a quem considera um "custódio da fé, entre firmeza e sorriso" depois de 24 anos à frente da Congregação para a Doutrina da Fé.
Jornais europeus, como o Daily Telegraph, sublinham que a eleição de Bento pode indicar que ele tem a intenção de ser um reconciliador.
Para o The Times, o novo papa está longe de ser o reformador progressista que liberais do Ocidente esperavam, mas foi bem recebido por tradicionalistas.
A imprensa popular britânica lembra Ratzinger durante sua participação na Juventude Hitlerista, mas o The New York Times, que o descreve como um produto da época militarista alemã do século passado, afirma que a breve passagem dele pela Juventude é posterior ao decreto de adesão obrigatória, de 1941.
Os jornais espanhóis destacam a ortodoxia e a atitude conservadora que Ratzinger manteve até agora.
O El País, o jornal de maior tiragem na Espanha, afirma que o novo papa "talvez tente restaurar parcialmente o velho rito latino e o canto gregoriano" mas que "é preciso lhe dar tempo", pois se transformar em prelado "é um desafio capaz de transformar qualquer um".
O El Mundo destaca o conservadorismo do novo Pontífice, a quem qualifica como "verdadeiro carrasco da teologia da libertação", e questiona se ele "possui um adequado conhecimento das pessoas e de seus problemas cotidianos".
O La Razón afirma que chega ao papado "mais um intelectual do que um pastor com a titânica tarefa de encaminhar a Igreja Católica no Terceiro Milênio" e que "fortalecerá os critérios da Igreja diante dos desafios da biotecnologia, da globalização e do choque de civilizações".
"Os cardeais apresentaram a Deus, à opinião pública e à História uma decisão consciente e audaz, apostando no bem da Igreja e da humanidade", afirma o jornal espanhol ABC.
A imprensa francesa destaca o suposto conservadorismo e a intransigência do novo papa, mas o conservador Le Figaro atribui a pouca duração do Conclave à "ausência de divisão" em uma "Igreja unida, que buscou a continuação" do pontificado de João Paulo II.
Para alguns jornais suíços, a eleição do papa causou decepção, e outros afirmam que o sucessor de João Paulo II é apenas um "Pontífice de transição".
"Ratzinger, uma eleição desoladora", afirma o La Tribune de Genève. A imprensa suíça em alemão mantém igualmente o tom de ceticismo e, segundo o Blick, o papa "suscita profundas inquietações".
A imprensa portuguesa considera a eleição uma garantia de continuidade para a Igreja Católica. Na Turquia alguns jornais afirmam que o novo papa é "antiturco", como o Cumhuriyet, que traz na primeira página "Um papa anti-Turquia".
Alguns jornais, como britânicos, ressaltam que o papa eleito era o candidato mais conservador, controvertido e reacionário de todos os possíveis aspirantes a Pontífice, e o americano The Washington Post questiona a capacidade dele de unir os fiéis católicos.
Depois da eleição em um dos Conclaves mais curtos da História, Ratzinger, de 78 anos, é descrito como fiel à ortodoxia católica.
A imprensa italiana destaca a condição de Ratzinger como sólido teólogo, mas afirma que o papa foi durante mais de 20 anos um defensor da doutrina tradicional da Igreja Católica.
O Corriere della Sera, de Milão, lembra que a eleição foi rápida, após quatro votações. O papa foi definido como um "homem de grande cultura" que teve um passado como inovador e progressista e que é "avesso aos aplausos".
O jornal La Repubblica, de Roma, afirma que se trata de um teólogo que se opõe ao relativismo cultural. Já o Il messaggero, de Roma, afirma que Ratzinger é "um teólogo em defesa da unidade da Igreja", mas que causa reticências nos setores progressistas.
Esse jornal diz que o nome é uma homenagem a Bento XV, que foi papa entre 1914 e 1922 e se caracterizou pela rejeição à guerra.
O Avvenire, jornal da Conferência Episcopal Italiana, apresenta um perfil do religioso alemão, a quem considera um "custódio da fé, entre firmeza e sorriso" depois de 24 anos à frente da Congregação para a Doutrina da Fé.
Jornais europeus, como o Daily Telegraph, sublinham que a eleição de Bento pode indicar que ele tem a intenção de ser um reconciliador.
Para o The Times, o novo papa está longe de ser o reformador progressista que liberais do Ocidente esperavam, mas foi bem recebido por tradicionalistas.
A imprensa popular britânica lembra Ratzinger durante sua participação na Juventude Hitlerista, mas o The New York Times, que o descreve como um produto da época militarista alemã do século passado, afirma que a breve passagem dele pela Juventude é posterior ao decreto de adesão obrigatória, de 1941.
Os jornais espanhóis destacam a ortodoxia e a atitude conservadora que Ratzinger manteve até agora.
O El País, o jornal de maior tiragem na Espanha, afirma que o novo papa "talvez tente restaurar parcialmente o velho rito latino e o canto gregoriano" mas que "é preciso lhe dar tempo", pois se transformar em prelado "é um desafio capaz de transformar qualquer um".
O El Mundo destaca o conservadorismo do novo Pontífice, a quem qualifica como "verdadeiro carrasco da teologia da libertação", e questiona se ele "possui um adequado conhecimento das pessoas e de seus problemas cotidianos".
O La Razón afirma que chega ao papado "mais um intelectual do que um pastor com a titânica tarefa de encaminhar a Igreja Católica no Terceiro Milênio" e que "fortalecerá os critérios da Igreja diante dos desafios da biotecnologia, da globalização e do choque de civilizações".
"Os cardeais apresentaram a Deus, à opinião pública e à História uma decisão consciente e audaz, apostando no bem da Igreja e da humanidade", afirma o jornal espanhol ABC.
A imprensa francesa destaca o suposto conservadorismo e a intransigência do novo papa, mas o conservador Le Figaro atribui a pouca duração do Conclave à "ausência de divisão" em uma "Igreja unida, que buscou a continuação" do pontificado de João Paulo II.
Para alguns jornais suíços, a eleição do papa causou decepção, e outros afirmam que o sucessor de João Paulo II é apenas um "Pontífice de transição".
"Ratzinger, uma eleição desoladora", afirma o La Tribune de Genève. A imprensa suíça em alemão mantém igualmente o tom de ceticismo e, segundo o Blick, o papa "suscita profundas inquietações".
A imprensa portuguesa considera a eleição uma garantia de continuidade para a Igreja Católica. Na Turquia alguns jornais afirmam que o novo papa é "antiturco", como o Cumhuriyet, que traz na primeira página "Um papa anti-Turquia".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344996/visualizar/
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