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Para ONGs, Índia já lidera casos de Aids
A Índia já se tornou o país com o maior número de portadores do vírus HIV, segundo organizações que combatem a Aids no país. O governo, no entanto, negou as informações.
"As estatísticas oficiais mostram que a África do Sul está em primeiro lugar", diz Richard Feachem, chefe do Fundo Global para o Combate à Aids, uma organização criada pelos países do G8. "Mas elas estão defasadas. A Índia já está em primeiro lugar."
A opinião dele foi ecoada por Anjali Gopalan, da Fundação Naz, outra ONG que atua na Índia. "Vemos os números de infectados crescer rapidamente. Cada caso confirmado esconde pelo menos outros dois, elevando o número total de portadores do HIV no país para cerca de 15 milhões."
A raiz do problema pode ser de metodologia. Segundo estatísticas da ONU de julho de 2004, a África do Sul apresenta 5,3 milhões de infectados, com uma margem de variação de 4,5 milhões a 6,2 milhões.
A Índia teria 5,1 milhões de casos, mas a margem de variação é muito maior, de 2,5 milhões a 8,5 milhões, dada a falta de estatísticas confiáveis.
O governo do país defendeu as estatísticas oficiais e disse que seus métodos "são certificados pela ONU e a Organização Mundial de Saúde", segundo Sy Qureshi, o responsável pelo programa de combate à doença na Índia.
"O número de 5,1 milhões (de infectados) é o correto", diz ele.
Escândalo
Independente do número, a velocidade com que a doença está se espalhando na Índia é preocupante e o país precisaria "acordar" para isso, segundo Feachem, do Fundo Global para o Combate à Aids.
"A epidemia está fora de controle. Não está sendo feito nada no país atualmente que possa contê-la." Ele diz que a principal forma de contágio é através de sexo heterossexual com prostitutas.
Além da ignorância e os tabus que cercam o tema, ele aponta o alto preço dos medicamentos para o tratamento do HIV. "É mais fácil conseguir medicamentos genéricos indianos na África do que na Índia. Isso é um escândalo que precisa ser resolvido."
"As estatísticas oficiais mostram que a África do Sul está em primeiro lugar", diz Richard Feachem, chefe do Fundo Global para o Combate à Aids, uma organização criada pelos países do G8. "Mas elas estão defasadas. A Índia já está em primeiro lugar."
A opinião dele foi ecoada por Anjali Gopalan, da Fundação Naz, outra ONG que atua na Índia. "Vemos os números de infectados crescer rapidamente. Cada caso confirmado esconde pelo menos outros dois, elevando o número total de portadores do HIV no país para cerca de 15 milhões."
A raiz do problema pode ser de metodologia. Segundo estatísticas da ONU de julho de 2004, a África do Sul apresenta 5,3 milhões de infectados, com uma margem de variação de 4,5 milhões a 6,2 milhões.
A Índia teria 5,1 milhões de casos, mas a margem de variação é muito maior, de 2,5 milhões a 8,5 milhões, dada a falta de estatísticas confiáveis.
O governo do país defendeu as estatísticas oficiais e disse que seus métodos "são certificados pela ONU e a Organização Mundial de Saúde", segundo Sy Qureshi, o responsável pelo programa de combate à doença na Índia.
"O número de 5,1 milhões (de infectados) é o correto", diz ele.
Escândalo
Independente do número, a velocidade com que a doença está se espalhando na Índia é preocupante e o país precisaria "acordar" para isso, segundo Feachem, do Fundo Global para o Combate à Aids.
"A epidemia está fora de controle. Não está sendo feito nada no país atualmente que possa contê-la." Ele diz que a principal forma de contágio é através de sexo heterossexual com prostitutas.
Além da ignorância e os tabus que cercam o tema, ele aponta o alto preço dos medicamentos para o tratamento do HIV. "É mais fácil conseguir medicamentos genéricos indianos na África do que na Índia. Isso é um escândalo que precisa ser resolvido."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345023/visualizar/
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