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Esportes
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 08:51

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Longe de ser uma unanimidade no Palmeiras, o técnico Candinho, que pediu demissão do comando do time após a derrota para o Santo André, por 2 a 1, pela Libertadores, deve ter sua saída ratificada na manhã desta quarta-feira pelos dirigentes que cuidam do futebol palestrino.

Sob o comando do técnico, que assumiu a equipe em 20 de fevereiro, o time obteve 5 vitórias, 5 empates e 6 derrotas -aproveitamento de 41,7%.

Ainda no vestiário, após a derrota, Candinho tentava sinalizar que não deixaria o clube. "A diretoria tem que pensar a longo prazo e não pode agir de maneira passional. Se ela não pensar assim, está errada. No futebol, tem que ter planejamento", disse ele, que mudou de idéia sobre seguir no Parque Antarctica ainda na noite de terça-feira.

Antes da partida contra o Santo André, que tirou o Palmeiras a liderança do Grupo 4 da Libertadores, quatro dos seis dirigentes que comandam o futebol do clube já eram favoráveis à demissão de Candinho.

Após mais esse revés, a dupla que ainda dava respaldo ao treinador -Mario Giannini e Ilton José da Costa- passou a aceitar a mudança de comandante.

Já nos vestiários um dos diretores de futebol, Salvador Hugo Palaia, criticou abertamente a atuação da equipe. "Na reunião de amanhã (quarta-feira) vamos conversar, e tudo pode acontecer", afirmou.

A provável saída do técnico também deve custar o emprego de parte da comissão técnica. O trabalho do preparador físico Moraci Sant'Anna é contestado por dirigentes, que criticam a condição atlética do elenco.

Os médicos Fúlvio Rossetti e Sérgio Martins também podem deixar o clube. A diretoria crê que os atletas estão se machucando com freqüência e têm levado muito tempo para se recuperar.

A salvação de Candinho seria o apoio do presidente Affonso della Monica. Se ele bancar, o técnico permanece ao menos até a estréia no Brasileiro, sábado, contra o São Caetano, fora de casa. A reportagem da Folhapress apurou, porém, que até o presidente do clube está insatisfeito com a performance do treinador.

O consenso é que, se houver mudança, ela tem que ocorrer antes da estréia no Nacional. A diretoria teme que um adiamento ponha o time em risco, em situação similar à do Brasileiro-02, quando o Palmeiras foi rebaixado.

O mau desempenho rende críticas até a Giannini. Conselheiros dizem que o diretor de futebol demora para contratar reforços.

A torcida também mostrou toda sua insatisfação com o trabalho de Candinho durante a partida contra o Santo André. Durante boa parte do jogo, o comandante foi alvo dos famosos coros de "burro" e de vaias pela escalação de Diego Souza.

A notícia de que Candinho estaria de saída do clube repercutiu entre os jogadores. O volante Magrão, um dos poucos que conversaram com os jornalistas após a derrota, preferiu não se opinar e deixou o problema para a diretoria.

"Eu não sou diretor, para questionar nada. Eu venho aqui e jogo. Quem tem que responder sobre a situação do Candinho é a diretoria, não eu", afirmou





Fonte: 24 Horas News

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