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Cardeal Danneels: "Não era o momento para papa latino-americano"
O cardeal belga Godfried Danneels assegurou que a eleição de Bento XVI demonstrou que "aparentemente ainda não era o momento para um papa latino-americano".
Danneels, que reuniu a imprensa belga em Roma na noite desta terça-feira, não quis explicar por que ainda não é o momento propício para um papa latino-americano alegando que, se contasse, estaria violando o segredo e não queria ser expulso da Igreja, informou nesta quarta-feira o jornal De Morgen.
Em todo caso, Danneels desmentiu que os cardeais tivessem eleito um papa de transição ao argumentar que "as pessoas podem chegar facilmente aos 90 anos de idade com as técnicas médicas modernas, por isso o argumento da idade não teve nenhuma influência".
Segundo o jornal católico La Libre Belgique, Danneels não participou do jantar oficial oferecido a todos os cardeais depois da eleição do novo papa porque tinha se comprometido a falar com os jornalistas antes de voltar para a Bélgica, hoje.
O cardeal belga, considerado representante da ala mais liberal no Conclave, se negou a falar pessoalmente sobre Joseph Ratzinger e limitou-se a dizer: "Continuo pensando o mesmo que antes sobre ele".
Danneels disse que o novo papa é um homem muito inteligente, mas não compartilha sua visão pessimista da cultura ocidental, segundo o De Morgen.
"Foi eleito de maneira legítima pelo colégio de cardeais, mas se me perguntarem se é o candidato ideal, direi que essa é outra questão". "As pessoas podem mudar quando ocupam outro posto, como eu mudei quando me nomearam arcebispo", acrescentou Danneels.
"Deus julgará se esta é a pessoa correta. Todo mundo tem o direito de falar sobre o novo papa e de se sentir feliz ou triste.
Eu não estou triste", afirmou o cardeal belga.
Danneels assinalou que deposita suas esperanças na eleição do nome Bento XVI porque, segundo disse, "é o patrono da Europa; é um papa que esteve no comando pouco tempo mas que sofreu muito e é um papa que estava a favor da paz e da reconciliação, o que é muito importante".
O cardeal admitiu que ficou surpreso com a rapidez com a qual foi eleito o 265º papa da Igreja católica e se mostrou aliviado de não ter sido eleito, já que "no fundo não queria".
Apesar desse alívio, momentos difíceis aguardam o primaz da Igreja na Bélgica, devido a que, segundo os teólogos, os católicos mais críticos e progressistas terão problemas com Ratzinger e provavelmente haverá mais vozes discordantes que sairão da Igreja.
Danneels disse que só espera que não aconteça uma divisão entre os católicos conservadores e progressistas na Bélgica.
De fato, as reações dos belgas sobre a eleição de Ratzinger estão sendo muito divergentes. O Bispo de Namur (sul do país), Monsenhor Aloys Jousten, elogiou Ratzinger por sua filantropia, capacidade de escutar, modéstia e simplicidade.
Jousten admitiu que o cardeal alemão era seu preferido, já que "é um homem que continuará o trabalho de João Paulo II, embora seja em seu próprio estilo mais reservado e mais sóbrio".
Por outro lado, as organizações de mulheres e homossexuais, assim como vários políticos e inclusive freiras, se mostraram, em suas reações à imprensa, menos contentes com o resultado da eleição ao considerar que Ratzinger não será o homem que defenderá a igualdade nesse sentido.
Danneels, que reuniu a imprensa belga em Roma na noite desta terça-feira, não quis explicar por que ainda não é o momento propício para um papa latino-americano alegando que, se contasse, estaria violando o segredo e não queria ser expulso da Igreja, informou nesta quarta-feira o jornal De Morgen.
Em todo caso, Danneels desmentiu que os cardeais tivessem eleito um papa de transição ao argumentar que "as pessoas podem chegar facilmente aos 90 anos de idade com as técnicas médicas modernas, por isso o argumento da idade não teve nenhuma influência".
Segundo o jornal católico La Libre Belgique, Danneels não participou do jantar oficial oferecido a todos os cardeais depois da eleição do novo papa porque tinha se comprometido a falar com os jornalistas antes de voltar para a Bélgica, hoje.
O cardeal belga, considerado representante da ala mais liberal no Conclave, se negou a falar pessoalmente sobre Joseph Ratzinger e limitou-se a dizer: "Continuo pensando o mesmo que antes sobre ele".
Danneels disse que o novo papa é um homem muito inteligente, mas não compartilha sua visão pessimista da cultura ocidental, segundo o De Morgen.
"Foi eleito de maneira legítima pelo colégio de cardeais, mas se me perguntarem se é o candidato ideal, direi que essa é outra questão". "As pessoas podem mudar quando ocupam outro posto, como eu mudei quando me nomearam arcebispo", acrescentou Danneels.
"Deus julgará se esta é a pessoa correta. Todo mundo tem o direito de falar sobre o novo papa e de se sentir feliz ou triste.
Eu não estou triste", afirmou o cardeal belga.
Danneels assinalou que deposita suas esperanças na eleição do nome Bento XVI porque, segundo disse, "é o patrono da Europa; é um papa que esteve no comando pouco tempo mas que sofreu muito e é um papa que estava a favor da paz e da reconciliação, o que é muito importante".
O cardeal admitiu que ficou surpreso com a rapidez com a qual foi eleito o 265º papa da Igreja católica e se mostrou aliviado de não ter sido eleito, já que "no fundo não queria".
Apesar desse alívio, momentos difíceis aguardam o primaz da Igreja na Bélgica, devido a que, segundo os teólogos, os católicos mais críticos e progressistas terão problemas com Ratzinger e provavelmente haverá mais vozes discordantes que sairão da Igreja.
Danneels disse que só espera que não aconteça uma divisão entre os católicos conservadores e progressistas na Bélgica.
De fato, as reações dos belgas sobre a eleição de Ratzinger estão sendo muito divergentes. O Bispo de Namur (sul do país), Monsenhor Aloys Jousten, elogiou Ratzinger por sua filantropia, capacidade de escutar, modéstia e simplicidade.
Jousten admitiu que o cardeal alemão era seu preferido, já que "é um homem que continuará o trabalho de João Paulo II, embora seja em seu próprio estilo mais reservado e mais sóbrio".
Por outro lado, as organizações de mulheres e homossexuais, assim como vários políticos e inclusive freiras, se mostraram, em suas reações à imprensa, menos contentes com o resultado da eleição ao considerar que Ratzinger não será o homem que defenderá a igualdade nesse sentido.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345059/visualizar/

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