Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 06:40

    Imprimir


Pequim - Em comunicado emitido hoje pelo Ministério do Exterior, o governo chinês saudou a eleição do cardeal Joseph Ratzinger como novo papa e salientou a disposição de melhorar os laços com o Vaticano, mas com duas condições: que a Santa Sé rompa as relações diplomáticas com Taiwan e reconheça Pequim como único e legítimo governo da China, sendo Taiwan "parte inseparável do país". Pequim advertiu também o Vaticano a "não imiscuir-se nos assuntos internos da China, sob o manto da religião".

"Esperamos que o Vaticano, sob a liderança do novo papa, possa criar condições favoráveis para a melhoria das relações com a China", afirma a declaração. Pequim rompeu relações com o Vaticano depois da instauração do regime comunista, em 1949, e só permite aos católicos chineses praticar sua fé na Igreja Patriótica, controlada pelo Estado, que não reconhece a autoridade do papa.

A advertência ao novo pontífice para "não imiscuir-se" é clara referência à nomeação de bispos na China e à influência do Vaticano nas estruturas eclesiásticas chinesas. De sua parte, o Vaticano vê com grande preocupação a perseguição na China de católicos leais ao papa, que praticam sua fé clandestinamente.

O problemático vínculo entre Pequim e o Vaticano ficou evidente na indignação que provocou na China a presença do presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, nos funerais de João Paulo II. O Vaticano é o único Estado europeu que reconhece o governo de Taiwan, considerado pela China uma "província separatista".




Fonte: AE - AP

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345116/visualizar/