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Novo Papa foi presidente da congregação que no passado era o Tribunal da Inquisição, diz historiador
Rio – A escolha do alemão Joseph Ratzinger como novo Papa aprofunda uma tendência conservadora proposta por seu antecessor, João Paulo II, avalia o historiador do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André Chevitarese. Em entrevista à Agência Brasil, o especialista explicou que esse aprofundamento ocorre porque Ratinzger estava presidindo a Congregação para a Doutrina da Fé, cujo antigo nome era "Tribunal do Santo Ofício, mais conhecido como a Santa Inquisição".
Segundo André Chevitarese, "foi desse cardeal, que é o novo Papa, que partiu uma leitura, no meu entendimento, bastante equivocada, de uma realidade latino-americana que impôs o voto de silêncio na mídia para o ex-frei Leonardo Boff". O historiador da UFRJ disse que há dificuldade de determinados setores eclesiásticos, marcadamente os europeus, de entenderem os movimentos sociais em um contexto latino-americano, africano ou asiático de extrema pobreza e miserabilidade. "Aí vêem essas teologias acopladas a esses movimentos sociais como extremamente perigosas", avaliou.
Trata-se de um viés marcadamente conservador, na opinião de Chevitarese, que se aprofunda com a eleição de Ratzinger. "Na sua visão, isso significa que questões como células tronco, participação de mulheres no sacerdócio, uso ou não de preservativos não serão sequer debatidas."
Segundo André Chevitarese, "foi desse cardeal, que é o novo Papa, que partiu uma leitura, no meu entendimento, bastante equivocada, de uma realidade latino-americana que impôs o voto de silêncio na mídia para o ex-frei Leonardo Boff". O historiador da UFRJ disse que há dificuldade de determinados setores eclesiásticos, marcadamente os europeus, de entenderem os movimentos sociais em um contexto latino-americano, africano ou asiático de extrema pobreza e miserabilidade. "Aí vêem essas teologias acopladas a esses movimentos sociais como extremamente perigosas", avaliou.
Trata-se de um viés marcadamente conservador, na opinião de Chevitarese, que se aprofunda com a eleição de Ratzinger. "Na sua visão, isso significa que questões como células tronco, participação de mulheres no sacerdócio, uso ou não de preservativos não serão sequer debatidas."
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345149/visualizar/
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