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Nacional
Terça - 19 de Abril de 2005 às 21:37
Por: Christiane Peres

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Brasília – O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse que a mudança da gestão da saúde indígena da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi um avanço. Ontem (18), durante homenagem a 24 líderes indígenas mais antigos, o cacique Antão Rumori, da etnia Xavante, pediu o retorno da Funai como gestora da saúde dos índios.

"Quem tem que cuidar da saúde dos cidadãos brasileiros é a área de saúde, o Ministério da Saúde, a Funasa. Por isso, é um avanço que a gestão da saúde indígena tenha ido para o órgão", afirmou o ministro após participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

Ontem (18), no evento da Funai, o presidente Mércio Pereira Gomes já havia defendido que o conhecimento da cultura dos povos indígenas é a única solução para um trabalho eficiente na saúde. Segundo ele, a Funai poderia "ajudar" a Funasa, transmitindo conhecimento para que a ela desempenhe melhor seu trabalho. "A Funai pode ajudar para que o cuidado diferenciado da saúde dos povos indígenas tenha essa intermediação indigenista. A Funasa tem que encontrar uma forma de atuar em cima disso. Ou o indigenismo é passado para a Funasa ou a saúde volta para a Funai."

Humberto Costa afirmou hoje que todas as instituições envolvidas na saúde indígena que haviam sido denunciadas por desvios de recursos ou mau atendimento foram substituídas. "Hoje, nós temos a saúde indígena como responsabilidade do ministério.

Por isso, substituímos todas as instituições que tinham denúncias de desvios de recursos. Fizemos uma reestruturação desse trabalho." O ministro enfatizou que muitas modificações foram feitas em relação à saúde indígena. "Estamos procurando ampliar a cobertura de atendimento dessa população. De fato, o problema deles é muito mais complexo e para ser resolvido é preciso envolver uma ação de governo, na qual a saúde faz parte."

De acordo com dados do ministério, R$ 263 milhões foram destinados para a saúde indígena até outubro de 2004 – quase três vezes mais do que a verba destinada para área em 1999. Hoje, 3,6 mil aldeias possuem serviços de saúde especializados e atendem mais de 437 mil índios.





Fonte: Agência Brasil

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