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Terça - 19 de Abril de 2005 às 14:03

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O Grupo Móvel de combate ao trabalho escravo descobriu, por acaso, a existência de 90 trabalhadores em condições análogas à de escravidão em uma fazenda no município de São Félix do Xingu, fronteira do Pará com o Estado do Mato Grosso. A descoberta casual ocorreu na sexta-feira, depois que os integrantes do Grupo Móvel, formado por seis policiais federais, seis auditores fiscais do Trabalho e um procurador do Trabalho tiveram problemas mecânicos com um dos carros que conduzia a equipe. Obrigados a parar o veículo no caminho de uma fazenda que estava prestes a ser fiscalizada, os integrantes do grupo aceitaram a ajuda oferecida na fazenda Monelo sem saber que a propriedade escondia braçais submetidos ao trabalho degradante.

De acordo com o procurador do Trabalho Cássio de Araújo Silva, enquanto aguardava o conserto do veículo e a retirada de outros dois carros de um atoleiro, a equipe foi surpreendida com a chegada de um trabalhador que denunciou as péssimas condições de trabalho oferecidas na fazenda Monelo.

Os fiscais encontraram 90 trabalhadores escondidos no matagal, onde ocupavam um precário barraco de lona que lhes servia de abrigo. Segundo Araújo Silva, os trabalhadores foram contratados para fazer o desmatamento de uma área de floresta e estavam distantes 18 quilômetros da sede da fazenda, em local de difícil acesso. Além das condições precárias de trabalho, da falta de condições de higiene e de água potável, os braçais reclamavam os salários atrasados. O dono da fazenda foi identificado como Ailton de Souza Paula. Ele concordou em indenizar os braçais e transportá-los até a cidade de Vila Rica, no norte do Mato Grosso, local de origem da maioria dos trabalhadores. A rescisão dos contratos foi calculada em R$ 200 mil, que ficararam de ser pagos na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Rica.





Fonte: 24 Horas News

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