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Saúde
Terça - 19 de Abril de 2005 às 14:01

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Uma equipe de médicos japoneses conseguiu fazer com que uma paciente que sofre de diabetes do tipo 1 viva sem ter que se injetar insulina, depois de submetê-la a um transplante de células pancreáticas doadas por sua mãe.

Após várias tentativas fracassadas, pela primeira vez os médicos conseguiram transplantar com êxito as células do pâncreas do fígado de uma pessoa viva para um diabético, segundo um relatório publicado nesta terça-feira pela na revista The Lancet.

O transplante procedente de uma mãe, de 56 anos, e feito em uma filha, de 27, aconteceu em 19 de janeiro e foi realizado pela equipe do médico Shinichi Matsumoto do Hospital da Universidade de Kioto (Japão). Após três meses de convalescência, as duas pacientes se encontram em perfeito estado.

Pela primeira vez em doze anos, essa jovem diabética está produzindo insulina por si própria e seu controle glicêmico é excelente, afirma o relatório.

James Shapiro, da equipe japonesa e um dos pioneiros nestas operações da Universidade de Alberta (Canadá), expressou sua confiança em que as células de um doador vivo são mais efetivas do que as de um cadáver.

As expectativas de Shapiro estão se confirmando com o êxito desta intervenção, mas o doutor Matsumoto reconheceu que é possível que dentro de cinco anos seja necessário submeter a paciente a um novo transplante.

Os transplantes de células do pâncreas começaram em 2000 com células de cadáveres, o que tornava necessário o uso de pelo menos três doadores.

No caso da paciente japonesa, os médicos transplantaram a metade do pâncreas da mãe, que corre agora o risco de desenvolver diabetes.

A organização beneficente Diabetes, do Reino Unido, classificou a operação de "um grande passo adiante".





Fonte: EFE

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