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Etiópia comemora volta de obelisco roubado por fascistas
Milhares de etíopes festejaram e cantaram nesta terça-feira, quando a Itália devolveu a primeira parte do obelisco de Axum, tesouro nacional antigo que o regime fascista de Roma levou há 68 anos.
Os gritos de alegria começaram quando o avião de carga com o primeiro pedaço do monumento funerário apareceu em meio à névoa do céu da manhã de Axum, cidade no norte do país que foi o centro da antiga civilização etíope.
O avião russo Antonov 124, um dos únicos dois tipos de avião grandes o suficiente para carregar as três partes do monumento de granito, pousou em uma pista construída especialmente para acomodar o seu tamanho.
"Estou na última parte da minha vida nesta Terra, e vou para a sepultura com a maior alegria que já experimentei, ao ver a volta do obelisco", disse Abebe Alemayhue, 82, que relembrou como os invasores italianos cercaram Axum e levaram o obelisco sob forte proteção.
O avião, pago pela Itália e que partiu de Roma, pousou quase seis décadas depois que a Itália prometeu devolver o obelisco de 24 metros, após sua derrota na Segunda Guerra Mundial.
Mas discussões e desafios logísticos mantiveram o obelisco em Roma, onde o ditador fascista Benito Mussolini ordenou que fosse instalado para lembrar a Roma antiga.
Clérigos etíopes ortodoxos vestidos com batas douradas e azuis levantaram uma cruz dourada e abençoaram o monumento quando dois guindastes retiraram o segmento de 60 toneladas do avião e o levaram para um caminhão.
Esse pedaço está protegido por uma caixa metal, e os outros dois segmentos chegarão nos próximos 10 dias. O monumento será então reerguido no local onde as tropas italianas o separaram em três pedaços, em 1937 e levaram para Roma como símbolo da vitória sobre a Etiópia.
A devolução de tesouros culturais, desde artes roubadas por nazistas até artefatos da era colonial, tornou-se um tema global.
Por exemplo, a Grécia pediu repetidamente ao British Museum de Londres a devolução dos Mármores de Elgin, fragmentos do templo Parthenon de Atenas removidos no século 19.
Em 1980, a Unesco estabeleceu um comitê para promover o retorno de propriedade cultural aos países de origem.
Em Axum, 850 quilômetros ao norte de Adis Abeba, capital da Etiópia, moradores tomaram as ruas, as escolas foram fechadas e os prédios, enfeitados com as cores do país, vermelho, verde e amarelo.
Erguer do obelisco é considerado um desafio sério mesmo por engenheiros modernos. Acredita-se que os construtores antigos tenham usado milhares de homens e elefantes para levantá-lo.
O obelisco é considerado o mais bonito dos 120 de Axum, cidade da lendária Rainha de Sabá, que reinou 1.000 anos antes do nascimento de Cristo.
Os gritos de alegria começaram quando o avião de carga com o primeiro pedaço do monumento funerário apareceu em meio à névoa do céu da manhã de Axum, cidade no norte do país que foi o centro da antiga civilização etíope.
O avião russo Antonov 124, um dos únicos dois tipos de avião grandes o suficiente para carregar as três partes do monumento de granito, pousou em uma pista construída especialmente para acomodar o seu tamanho.
"Estou na última parte da minha vida nesta Terra, e vou para a sepultura com a maior alegria que já experimentei, ao ver a volta do obelisco", disse Abebe Alemayhue, 82, que relembrou como os invasores italianos cercaram Axum e levaram o obelisco sob forte proteção.
O avião, pago pela Itália e que partiu de Roma, pousou quase seis décadas depois que a Itália prometeu devolver o obelisco de 24 metros, após sua derrota na Segunda Guerra Mundial.
Mas discussões e desafios logísticos mantiveram o obelisco em Roma, onde o ditador fascista Benito Mussolini ordenou que fosse instalado para lembrar a Roma antiga.
Clérigos etíopes ortodoxos vestidos com batas douradas e azuis levantaram uma cruz dourada e abençoaram o monumento quando dois guindastes retiraram o segmento de 60 toneladas do avião e o levaram para um caminhão.
Esse pedaço está protegido por uma caixa metal, e os outros dois segmentos chegarão nos próximos 10 dias. O monumento será então reerguido no local onde as tropas italianas o separaram em três pedaços, em 1937 e levaram para Roma como símbolo da vitória sobre a Etiópia.
A devolução de tesouros culturais, desde artes roubadas por nazistas até artefatos da era colonial, tornou-se um tema global.
Por exemplo, a Grécia pediu repetidamente ao British Museum de Londres a devolução dos Mármores de Elgin, fragmentos do templo Parthenon de Atenas removidos no século 19.
Em 1980, a Unesco estabeleceu um comitê para promover o retorno de propriedade cultural aos países de origem.
Em Axum, 850 quilômetros ao norte de Adis Abeba, capital da Etiópia, moradores tomaram as ruas, as escolas foram fechadas e os prédios, enfeitados com as cores do país, vermelho, verde e amarelo.
Erguer do obelisco é considerado um desafio sério mesmo por engenheiros modernos. Acredita-se que os construtores antigos tenham usado milhares de homens e elefantes para levantá-lo.
O obelisco é considerado o mais bonito dos 120 de Axum, cidade da lendária Rainha de Sabá, que reinou 1.000 anos antes do nascimento de Cristo.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345346/visualizar/
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