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Fuvest critica redação com texto padronizado
São Paulo - A Fuvest resolveu divulgar este ano as redações nota zero do último vestibular. Entre elas, estão as caracterizadas pela diretora da entidade, Maria Thereza Fraga Rocco, como "zero sofisticado".
Elas têm bom português, bela letra, referências a teóricos e a fatos históricos importantes, mas nenhuma relação com o tema pedido.
"São redações pré-fabricadas, que pretendem mostrar erudição. Independentemente do tema, eles escrevem um determinado texto modelo, provavelmente instruídos pela escola ou cursinho", diz.
O tema da prova, realizada em janeiro, era a "a descatracalização da vida". O termo veio de um protesto realizado por um grupo artístico que colocou uma catraca no Largo do Arouche, em São Paulo. Na proposta da redação, a Fuvest dizia que a catraca significava excessos de controle e questionava se o protesto do grupo era justificável.
Um dos textos "zero sofisticado" mencionava Freud, Nixon e terminava com uma filosofia anarquista. "Pequeno ensaio sobre a cidadania" era o título de outro. Invariavelmente, as redações falavam de globalização, capitalismo, consumismo.
"Os textos são grandes clichês", diz a diretora. A Fuvest não soube informar quantas foram as redações com "zero sofisticado".
O problema já havia ocorrido em outros anos, mas, segundo ela, "ficou mais evidente agora porque o tema era pontual".
Para a coordenadora de redação do Objetivo, Elisabeth Massaranduba, é provável que os alunos não tenham compreendido o que pediu a Fuvest e por isso as redações tenham fugido tanto ao tema.
Ela, assim como o colega do curso Anglo, Eduardo Lopes, negam veementemente que tenham treinado seus alunos com um texto modelo. "Eles fazem, pelo menos, 32 redações por ano, com temas variados", diz Lopes.
Elas têm bom português, bela letra, referências a teóricos e a fatos históricos importantes, mas nenhuma relação com o tema pedido.
"São redações pré-fabricadas, que pretendem mostrar erudição. Independentemente do tema, eles escrevem um determinado texto modelo, provavelmente instruídos pela escola ou cursinho", diz.
O tema da prova, realizada em janeiro, era a "a descatracalização da vida". O termo veio de um protesto realizado por um grupo artístico que colocou uma catraca no Largo do Arouche, em São Paulo. Na proposta da redação, a Fuvest dizia que a catraca significava excessos de controle e questionava se o protesto do grupo era justificável.
Um dos textos "zero sofisticado" mencionava Freud, Nixon e terminava com uma filosofia anarquista. "Pequeno ensaio sobre a cidadania" era o título de outro. Invariavelmente, as redações falavam de globalização, capitalismo, consumismo.
"Os textos são grandes clichês", diz a diretora. A Fuvest não soube informar quantas foram as redações com "zero sofisticado".
O problema já havia ocorrido em outros anos, mas, segundo ela, "ficou mais evidente agora porque o tema era pontual".
Para a coordenadora de redação do Objetivo, Elisabeth Massaranduba, é provável que os alunos não tenham compreendido o que pediu a Fuvest e por isso as redações tenham fugido tanto ao tema.
Ela, assim como o colega do curso Anglo, Eduardo Lopes, negam veementemente que tenham treinado seus alunos com um texto modelo. "Eles fazem, pelo menos, 32 redações por ano, com temas variados", diz Lopes.
Fonte:
RMT Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345358/visualizar/
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