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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 19 de Abril de 2005 às 10:28

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Após a exclusão da espécie da lista de animais ameaçados de extinção pelo Ibama, criadores brasileiros de jacaré-do-papo-amarelo esperam aumentar o volume de negócios produzindo para os mercados nacional e exterior.

Conforme dados do órgão, existem no país atualmente nove criadouros legalizados. Até dezembro de 2002, a espécie Caiman latirostris (nome científico do jacaré-do-papo-amarelo) constava da lista de animais ameaçados de extinção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A exclusão do animal da lista ocorreu após estudos apontarem que a população da espécie já se recompôs, permitindo atualmente um manejo sustentado dos jacarés-do-papo-amarelo, disse Isaías José Reis, biólogo do RAN-Ibama (Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios).

No maior criadouro da América Latina, localizado em Maceió (AL), cerca de 5.800 animais estão confinados.

A dona da empresa que administra o criadouro, Maria Cristina Ruffo, afirmou que investiu cerca de R$ 3,5 milhões no empreendimento, iniciado em 1994.

Ruffo disse que são abatidos no local cerca de cem animais por mês, número que deve aumentar a partir do próximo ano. No ano passado, em torno de mil jacarés-do-papo-amarelo foram abatidos em seu criadouro.

Com a próxima desova dos animais, entre setembro e abril, Maria Cristina Ruffo disse que espera chegar ao total de 8.000 jacarés no local.

Para ela --que montou um segundo criadouro, em Paulo Afonso (BA)--, o principal objetivo após a exclusão do jacaré-do-papo-amarelo da lista de animais ameaçados de extinção é ampliar a comercialização de produtos da espécie no mercado exterior.

"Já enviamos amostras de peles para a Europa e fechamos contratos com árabes interessados em revestir estofados e luminárias de iates com couro de jacaré."

Durante 2005, a empresária afirmou que comercializará cem peles de jacaré-do-papo-amarelo com clientes europeus.

O centímetro da pele comercializado em países europeus chega a valer 14 euros (R$ 47,00).

A partir de 2006, "a produção dobrará ou triplicará", disse Ruffo. "Tenho mil fêmeas em idade de reprodução atualmente."

Ruffo declarou que, mesmo com a comercialização da pele e da carne, que é feita exclusivamente no Estado da Bahia, o principal atrativo em seu empreendimento é a venda de matrizes reprodutoras, geralmente animais de dois anos de idade. A empresária não revelou o valor de venda de uma matriz.





Fonte: 24 Horas News

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