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Cidades/Geral
Terça - 19 de Abril de 2005 às 09:58
Por: Marcia Wonghon

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Recife - A demarcação de terras das 164 aldeias indígenas é o maior desafio que as autoridades pernambucanas enfrentam. A opinião é da programadora educacional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Inalda Barbosa. Ela disse que em função de não ter áreas para o cultivo de produtos agrícolas de forma sustentável, os índios acabam ficando ociosos, adoecendo e se envolvendo em conflitos com posseiros. Atualmente, existem em Pernambuco 40 mil índios divididos em 11 etnias.

Inalda revelou que a Funai desenvolve atualmente um programa de atendimento ao índio adolescente em situação de risco. "As ações consistem em apoio psicológico para evitar o envolvimento com bebidas alcoólicas, drogas e violência, por causa da exclusão, discriminação e preconceitos que os jovens enfrentam", relatou. Os primeiros adolescentes beneficiados com a iniciativa foram os da etnia Kambiwá, do município de Ibimirim, no sertão.

A educação dos índios em Pernambuco passou a ser responsabilidade da secretaria estadual de Educação desde 2002. O estado dispõe de 117 escolas indígenas, com 10.951 alunos, divididos em três turnos.

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) investe anualmente a média de R$ 5,4 milhões na saúde dos povos indígenas em Pernambuco. O coordenador do sistema de informação da Funasa, César Dantas, informou que 18 equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros, dentistas e agentes de saneamento visitam as aldeias de 15 em 15 dias.

Dantas explicou que as doenças que mais afetam os índios são hipertensão, diabetes, diarréia e desnutrição. Segundo Dantas os indígenas também têm problemas mentais por causa da consangüinidade, já que normalmente se casam com parentes muito próximos, além de alcoolismo e depressão, como reflexo da falta de perspectiva de melhoria de vida.





Fonte: Agência Brasil

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