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Câmbio 'não pode agradar a todos', diz Palocci em NY
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse nesta segunda-feira em Nova York que a taxa de câmbio "não pode agradar a todos".
“Eventualmente, o câmbio não está no lugar que um determinado setor gostaria que estivesse. Isso acontece. Não é possível que os indicadores econômicos que flutuam possam agradar a todos ao mesmo tempo”, disse, depois de discursar para uma platéia de investidores e analistas durante a Cúpula Brasil 2005, um evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Palocci fez a declaração depois que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse em palestra anterior que o agronegócio brasileiro, principalmente o setor de carnes, está perdendo competitividade externa, em função da depreciação do dólar frente ao real.
Segundo Rodrigues, apesar de o governo “estar fazendo o que pode”, a taxa de câmbio ideal para o setor agrícola brasileiro seria de um dólar para três reais. Nesta segunda-feira, o dólar comercial fechou a 2,61 reais.
O ministro da Fazenda, no entanto, afirmou que, até agora, a reação do real frente ao dólar não prejudicou as exportações, já que “a balança comercial até esse momento está aumentando o seu saldo.”
Para Palocci, “o câmbio flutuante prestou um enorme serviço ao país e vai continuar prestando um serviço ao país.”
Juros
Palocci também defendeu a política monetária do governo Lula.
“O efeito da política monetária não se dá na semana seguinte. Se dá de seis a nove meses na frente. Tenho certeza de que os resultados virão”, afirmou.
O ministro acrescentou que não gostaria de se aprofundar na questão porque “esta é uma semana de Copom (Comitê de Política Monetária)”, o órgão do Banco Central que estabelece as taxas de juros.
A taxa de juros está em 19,25%. Já o IGP-M (índice geral de preços de mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas) de março atingiu 0,85%.
Crescimento
Em sua palestra, Palocci disse que depois dos ajustes macroeconômicos promovidos pelo governo Lula, o Brasil agora entra num ciclo de crescimento que deve durar de “dez a vinte anos.”
“Nós precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil. Porque todos os países do mundo começam hoje a comemorar o produto brasileiro, a bandeira brasileira,” disse.
“O Brasil é um país capacitado a ter crescimento de dez anos mesmo. Por que não? Estou acreditando que dez é pouco, tem que ser de dez a vinte.”
Palocci voltou a dizer que o país está bem menos vulnerável a choques externos do que no passado, mesmo que o cenário internacional se deteriore.
“Na medida em que o Brasil fez a sua lição de casa, venceu muito da vulnerabilidade das contas externas, mudou o perfil da dívida, aumentou as reservas, o Brasil está com um ambiente muito mais saudável para enfrentar ventos, chuvas e trovoadas,” afirmou.
Com relação à gradual subida de juros dos Estados Unidos, que pode vir a afugentar investidores de mercados emergentes, como o Brasil, Palocci disse que “na medida em que ela venha de forma transparente, vai fazer bem para o ambiente econômico mundial.”
“Quando esses ajustes são feitos eles provocam alguma trepidação, mas é bom que esses ajustes sejam feitos.”
Mas o ministro da Fazenda, que participou no último fim de semana do encontro anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), se declarou “confiante de que a economia mundial vai crescer neste e no próximo ano.”
“Esse ano fala-se num crescimento mundial da ordem de 4%. Não é pouca coisa,” concluiu.
“Eventualmente, o câmbio não está no lugar que um determinado setor gostaria que estivesse. Isso acontece. Não é possível que os indicadores econômicos que flutuam possam agradar a todos ao mesmo tempo”, disse, depois de discursar para uma platéia de investidores e analistas durante a Cúpula Brasil 2005, um evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Palocci fez a declaração depois que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse em palestra anterior que o agronegócio brasileiro, principalmente o setor de carnes, está perdendo competitividade externa, em função da depreciação do dólar frente ao real.
Segundo Rodrigues, apesar de o governo “estar fazendo o que pode”, a taxa de câmbio ideal para o setor agrícola brasileiro seria de um dólar para três reais. Nesta segunda-feira, o dólar comercial fechou a 2,61 reais.
O ministro da Fazenda, no entanto, afirmou que, até agora, a reação do real frente ao dólar não prejudicou as exportações, já que “a balança comercial até esse momento está aumentando o seu saldo.”
Para Palocci, “o câmbio flutuante prestou um enorme serviço ao país e vai continuar prestando um serviço ao país.”
Juros
Palocci também defendeu a política monetária do governo Lula.
“O efeito da política monetária não se dá na semana seguinte. Se dá de seis a nove meses na frente. Tenho certeza de que os resultados virão”, afirmou.
O ministro acrescentou que não gostaria de se aprofundar na questão porque “esta é uma semana de Copom (Comitê de Política Monetária)”, o órgão do Banco Central que estabelece as taxas de juros.
A taxa de juros está em 19,25%. Já o IGP-M (índice geral de preços de mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas) de março atingiu 0,85%.
Crescimento
Em sua palestra, Palocci disse que depois dos ajustes macroeconômicos promovidos pelo governo Lula, o Brasil agora entra num ciclo de crescimento que deve durar de “dez a vinte anos.”
“Nós precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil. Porque todos os países do mundo começam hoje a comemorar o produto brasileiro, a bandeira brasileira,” disse.
“O Brasil é um país capacitado a ter crescimento de dez anos mesmo. Por que não? Estou acreditando que dez é pouco, tem que ser de dez a vinte.”
Palocci voltou a dizer que o país está bem menos vulnerável a choques externos do que no passado, mesmo que o cenário internacional se deteriore.
“Na medida em que o Brasil fez a sua lição de casa, venceu muito da vulnerabilidade das contas externas, mudou o perfil da dívida, aumentou as reservas, o Brasil está com um ambiente muito mais saudável para enfrentar ventos, chuvas e trovoadas,” afirmou.
Com relação à gradual subida de juros dos Estados Unidos, que pode vir a afugentar investidores de mercados emergentes, como o Brasil, Palocci disse que “na medida em que ela venha de forma transparente, vai fazer bem para o ambiente econômico mundial.”
“Quando esses ajustes são feitos eles provocam alguma trepidação, mas é bom que esses ajustes sejam feitos.”
Mas o ministro da Fazenda, que participou no último fim de semana do encontro anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), se declarou “confiante de que a economia mundial vai crescer neste e no próximo ano.”
“Esse ano fala-se num crescimento mundial da ordem de 4%. Não é pouca coisa,” concluiu.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345432/visualizar/
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