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Nacional
Segunda - 18 de Abril de 2005 às 21:38

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Brasília - Os onze suspeitos de participação no assassinato do analista de sistemas do Banco do Brasil, José Eduardo Vásquez, começaram a ser ouvidos novamente nesta segunda-feira pelo delegado João Carlos Lóssio, titular do 4º Distrito Policial de Guará II, cidade satélite de Brasília. O delegado decidiu manter em sigilo as investigações. "Trata-se de um grupo muito bem organizado. Várias versões sobre a morte já foram dadas mas, logo em seguida, desmentidas", disse.

Lóssio afirmou que o inquérito está recheado de contradições e que, no início dos trabalhos, havia entre o grupo um pacto de silêncio, agora paulatinamente quebrado. Duas pessoas suspeitas de envolvimento do crime ainda estão foragidas e sobre elas recaem a suspeita de serem os executores do crime: Arlindo Pereira de Souza, o Beto, e outro jovem de quem só se sabe que é conhecido como Dudu. Segundo a descrição de testemunhas ele é moreno, de aproximadamente 1,65 metro, magro e de cabelos crespos e curtos.

Segundo o delegado, os foragidos são matadores profissionais e integrantes de uma quadrilha que atua em assaltos a bancos. Mas ele considera ainda em suas investigações o envolvimento do grupo de suspeitos com o tráfico de drogas e que há também matadores de aluguel.

A principal suspeita de planejar o crime é a ex-mulher de Vásquez, Maria Cleusa de Almeida Vásquez, que foi presa neste fim de semana. Mas as investigações ainda não descartaram a participação da filha de Vásquez, Daniela. Logo depois do crime, a jovem admitiu ter participação intelectual no crime. Em seu depoimento, ela afirmou ter encomendado a morte do pai a seu namorado e a uma mãe-de-santo.

Vásquez foi morto dia 10, quando estava na casa da ex-mulher. Recém-chegado de uma viagem de férias, o analista já havia confidenciado a amigos que suspeitava que sua família tramava sua morte. Até agora, não foi localizada a arma do crime nem o veículo usado na fuga pelos envolvidos, um Ford Escort cinza, conforme descreveu uma testemunha.

O delegado confirmou que Maria Cleusa é aposentada por motivos psiquiátricos. Antes de afastar-se do trabalho, ela teria jogado um segurança do Ministério da Fazenda escada abaixo. A filha da vítima, Daniela, apresenta problemas com uso de drogas.




Fonte: AE

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