Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 18 de Abril de 2005 às 20:39
Por: Carlos Mendes

    Imprimir


O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, acusado de participar de suposto consórcio que teria financiado o assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, negou hoje qualquer envolvimento com o crime. Diante do juiz da comarca de Pacajá, Lucas do Carmo de Jesus, o acusado demonstrou nervosismo, caindo em várias contradições.

Ele afirmou que não conhecia a missionária e que, portanto, não tinha interesse na morte dela. Em seguida, disse que irmã Dorothy "fornecia armas para os sem-terra". Sobre sua amizade com o também fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, denunciado pelo Ministério Público como mandante do crime, admitiu ter mantido com ele relação de sociedade em um dos lotes de terra reivindicado pelas famílias ligadas à missionária, mas negou ter tramado o crime com Bida.

Após o depoimento, os advogados do acusado ingressaram com um pedido de habeas-corpus para que Galvão responda ao processo em liberdade. Na semana passada, o capataz Amair Feijoli da Cunha, o Tato, apontado como intermediário do assassinato, retirou em juízo a acusação de mandante contra Galvão, alegando tê-la feito para se vingar do fazendeiro por desavença entre ambos cujo motivo preferiu não revelar.

O irmão da missionária, o norte-americano David Stang, que retornou ao Brasil para acompanhar a tramitação do caso na Justiça do Pará, defendeu a transferência do processo para a Justiça Federal.

Ele justificou que os assassinos não são apenas do Pará ou da Amazônia. "Eles fazem parte de um consórcio brasileiro. Além disso, de Chico Mendes para cá, muitas pessoas morreram no campo e o que se vê é muita impunidade", afirmou Stang




Fonte: Agencia Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345507/visualizar/