Fazendeiro acusado de financiar morte depõe no PA

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, acusado de participar do consórcio que teria financiado a morte da missionária americana Dorothy Stang será interrogado pelo juiz Lucas do Carmo, da comarca de Pacajá. O depoimento dele será realizado na manhã de hoje, no Tribunal de Justiça do Estado, em Belém.

Preso, desde o último dia 8 de abril, na Penitenciária de Marituba, após prestar depoimento à Polícia Federal, em Belém, Galvão estava com sua prisão temporária decretada pelo juiz.

Taradão foi preso em 2000 e 2001 por desvios de recursos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Ele também é acusado de vender terras griladas para Vitalmiro Bastos de Moura. Para a polícia Regivaldo pode ser um dos mandantes do assassinato da Irmã Dorothy. O nome dele conta em vários documentos redigidos pela missionária, que retratam o crime organizado na região.

Pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Norte 2 estarão em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE). Elas acompanham de perto o interrogatório do fazendeiro. Estão presentes também representantes das comissões Pastoral da Terra (CPT) e de Justiça e Paz (CJP), além da Cáritas Brasileira e outras entidades de defesa dos direitos humanos.