Para Alckmin, houve omissão na fuga da Febem do Guarujá

Santos - A fuga de 56 internos da Febem do Guarujá, ocorrida na madrugada de sexta-feira, recebeu um comentário ácido do governador Geraldo Alckmin, que encerrou nesta sexta-feira o 49º Congresso Estadual de Municípios. Para ele, "ninguém escapa desse jeito a não ser, no mínimo, como omissão". Ele determinou a abertura de sindicância e trocou a diretoria da unidade disse que "esse tipo de coisa não será tolerado em nenhuma hipótese e estamos agindo com absoluta firmeza".

Alckmin acha que a solução é completar o processo de regionalização, com a construção de unidades menores, uma grande agenda educativa, e a sua internação perto da família. Na Baixada Santista, serão mais oito unidades e a previsão do governador é que as primeiras unidades estejam prontas no final do ano.

Atualmente, há 2 mil internos nas unidades da Febem da Capital, sendo que 400 são da Baixada Santista, 400 do ABC e 600 da região de Campinas. O governador citou esses dados para enfatizar a política de regionalização da instituição e garantiu que a cadeia de Tupi Paulista é transitória e dentro de seis meses não terá internos. "Lá não tem adolescentes, só quem tem mais de 18 anos. Temos pessoas com 20 anos que não são crianças nem adolescentes, mas a lei estabelece isso".

O governador comentou que a taxa de natalidade está baixa atualmente, mas chamou a atenção para o que chama de onda jovem, as pessoas nascidas na década de 80. "Precisamos ter política pública para a juventude, como abrir as escolas no fim de semana, promover teatro, esporte, cultura, ensino profissional", completou.