Repórter News - reporternews.com.br
Indonésia e rebeldes discutem paz no Aceh
Os representantes do governo da Indonésia e do Movimento para a Libertação de Aceh (GAM, na sigla em inglês) alcançaram neste sábado, sob mediação finlandesa, um acordo geral para avançar no processo de paz e colocar fim a quase 30 anos de conflito.
O ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, mediador nas negociações, destacou que essa terceira rodada de conversações transcorreu em meio a "uma atmosfera positiva e construtiva". Ele também anunciou uma quarta rodada, que acontecerá na capital finlandesa entre 26 e 31 de maio.
"As partes alcançaram um entendimento geral para dar continuidade ao processo de paz", declarou Ahtisaari, acrescentando que ambos os lados "buscam uma solução permanente e global com dignidade para todos".
Por sua vez, os líderes do GAM, exilados na Suécia desde 1976, se mostraram muito satisfeitos com o desenvolvimento das negociações, embora tenham destacado que ainda restam muitos detalhes a serem esclarecidos.
"Temos que ajustar os detalhes referentes aos temas sobre os quais alcançamos um entendimento", disse à imprensa o líder do GAM, Malik Mahmoud.
"Acho que na próxima rodada já poderemos alcançar acordos concretos", afirmou o porta-voz do GAM, Bahktiar Abdullah.
O avanço nas negociações, após repetidos fracassos nas últimas duas décadas, se baseia na aparente renúncia do GAM em exigir a independência da província do norte de Sumatra em troca de uma ampla autonomia.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, reiterou em inúmeras ocasiões que Jacarta nunca permitirá que a província de Aceh se separe do resto da Indonésia, por isso o GAM aceitou respeitar a integridade territorial do país desde que o povo de Aceh consiga a autogestão.
"Nossas reivindicações são para que todos os habitantes de Aceh tenham direitos democráticos", declarou Abdullah.
Agora as negociações giram em torno do nível de autogestão que Jacarta está disposta a conceder à província. Por enquanto, foi alcançado um acordo nos aspectos econômicos da futura relação entre Aceh e o governo de Jacarta, e especialmente na distribuição dos abundantes recursos naturais da região, principalmente gás natural e petróleo.
Também foi acertado o desarmamento dos insurgentes e a concessão de uma anistia geral, e continuam sendo estudadas diferentes opções para o acompanhamento do cumprimento do tratado de paz definitivo.
Segundo fontes ligadas ao GAM, Jacarta se opõe à mediação da ONU devido ao desenvolvimento dos acontecimento em Timor Leste, sendo mais favorável à participação de organizações regionais.
Para os rebeldes é fundamental a cooperação de organismos internacionais, entre eles a União Européia (UE), na vigilância dos acordos alcançados.
"O que esperamos da UE é uma equipe muito ampla e competente que vigie a colocação em prática dos acordos de paz", afirmou Malik Mahmoud.
Os separatistas do GAM lutam desde 1976 pela independência da província. Em dezembro de 2002, foi acordado um cessar-fogo que acabou seis meses depois.
Os representantes do governo e os rebeldes retomaram os contatos no começo do ano, sob a observação dos mediadores finlandeses e sob o impacto do devastador tsunami, que em 26 de dezembro matou 110 mil pessoas em Aceh.
"As partes alcançaram um entendimento geral para dar continuidade ao processo de paz", declarou Ahtisaari, acrescentando que ambos os lados "buscam uma solução permanente e global com dignidade para todos".
Por sua vez, os líderes do GAM, exilados na Suécia desde 1976, se mostraram muito satisfeitos com o desenvolvimento das negociações, embora tenham destacado que ainda restam muitos detalhes a serem esclarecidos.
"Temos que ajustar os detalhes referentes aos temas sobre os quais alcançamos um entendimento", disse à imprensa o líder do GAM, Malik Mahmoud.
"Acho que na próxima rodada já poderemos alcançar acordos concretos", afirmou o porta-voz do GAM, Bahktiar Abdullah.
O avanço nas negociações, após repetidos fracassos nas últimas duas décadas, se baseia na aparente renúncia do GAM em exigir a independência da província do norte de Sumatra em troca de uma ampla autonomia.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, reiterou em inúmeras ocasiões que Jacarta nunca permitirá que a província de Aceh se separe do resto da Indonésia, por isso o GAM aceitou respeitar a integridade territorial do país desde que o povo de Aceh consiga a autogestão.
"Nossas reivindicações são para que todos os habitantes de Aceh tenham direitos democráticos", declarou Abdullah.
Agora as negociações giram em torno do nível de autogestão que Jacarta está disposta a conceder à província. Por enquanto, foi alcançado um acordo nos aspectos econômicos da futura relação entre Aceh e o governo de Jacarta, e especialmente na distribuição dos abundantes recursos naturais da região, principalmente gás natural e petróleo.
Também foi acertado o desarmamento dos insurgentes e a concessão de uma anistia geral, e continuam sendo estudadas diferentes opções para o acompanhamento do cumprimento do tratado de paz definitivo.
Segundo fontes ligadas ao GAM, Jacarta se opõe à mediação da ONU devido ao desenvolvimento dos acontecimento em Timor Leste, sendo mais favorável à participação de organizações regionais.
Para os rebeldes é fundamental a cooperação de organismos internacionais, entre eles a União Européia (UE), na vigilância dos acordos alcançados.
"O que esperamos da UE é uma equipe muito ampla e competente que vigie a colocação em prática dos acordos de paz", afirmou Malik Mahmoud.
Os separatistas do GAM lutam desde 1976 pela independência da província. Em dezembro de 2002, foi acordado um cessar-fogo que acabou seis meses depois.
Os representantes do governo e os rebeldes retomaram os contatos no começo do ano, sob a observação dos mediadores finlandeses e sob o impacto do devastador tsunami, que em 26 de dezembro matou 110 mil pessoas em Aceh.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/345916/visualizar/
Comentários