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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 21:10

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Os membros do Colégio Cardinalício fizeram neste sábado sua última homenagem a João Paulo II, com a última das nove missas solenes em sufrágio por sua alma, antes de se reunir na segunda-feira em Conclave para a escolha de seu sucessor.

A nona missa por Karol Wojtyla foi celebrada na Basílica de São Pedro pelo cardeal chileno Jorge Arturo Medina Estévez, que será encarregado, como protodiácono da Igreja Católica, de anunciar ao mundo o nome do novo Pontífice.

Antes do "Habemus Papam" que fechará o processo de sucessão, depois que a escolha for anunciada por meio da tradicional fumaça branca e uma inovadora badalada de sinos, o monsenhor Medina Estévez elogiou neste sábado a figura de João Paulo II, como fizeram todos os que o antecederam na celebração do novenário.

Assim como muitos de seus antecessores oficiantes, o cardeal chileno ressaltou as virtudes do primeiro papa polonês da história e disse que "é justo chamá-lo de 'o Grande'", classificação reservada aos Pontífices que alcançaram a santidade.

"Foi um servo de Deus fiel e prudente e reinará com todos os santos por muitos séculos, porque seu coração se assemelhava ao coração de Jesus", afirmou.

Jorge Arturo Medina Estévez, prefeito emérito da Congregação para o Culto e a Disciplina dos Sacramentos, destacou a "humildade" de João Paulo II, sua dedicação apostólica e sua preocupação com os problemas do mundo.

O religioso também falou sobre seu afã pela paz e pela justiça, sua predileção pelos jovens e as famílias, sua perseverança na busca da unidade dos cristãos e sua dor "ao ver que há tantos lugares onde não existe liberdade para professar a fé cristã e onde os crentes sofrem discriminação e perseguição".

O cardeal Medina Estévez teve para o papa falecido palavras de "agradecimento, veneração e alegria pela graça de ter vivido uma parte importante de nossa peregrinação terrena sob a liderança do exímio Pastor".

À celebração que encerrou o novenário de missas por João Paulo II compareceram quase todos os cardeais que participaram de manhã da última Congregação antes do conclave, que começará na próxima segunda-feira.

Na 12ª reunião desde a morte do papa João Paulo II, voltaram a ser debatidos assuntos relacionados à situação no mundo e os problemas para a Igreja Católica, assim como os desafios mais imediatos, segundo o porta-voz vaticano, Joaquín Navarro Valls.

À essa Congregação compareceram 143 dos 183 purpurados que integram o Colégio Cardinalício, que tiveram a oportunidade de felicitar o decano, o alemão Joseph Ratzinger, que hoje fez 78 anos.

Os purpurados também estudaram a entrada, prevista para amanhã à tarde, na residência Santa Marta, que será o lugar onde se alojarão durante o conclave.

O próximo encontro será na segunda-feira, na celebração litúrgica "Pro Eligendo Romano Pontifice". Na parte da tarde, às 16.30 horas (11h30 de Brasília), os 115 eleitores - com menos de 80 anos - se reunirão na Capela Sistina para escolher o novo papa.

Eles deverão decidir então se a primeira votação será realizada nessa mesma segunda-feira ou na terça-feira, a partir de quando estão previstas duas eleições de manhã e duas à tarde.





Fonte: EFE

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