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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 18:20

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A Argentina reafirmou neste sábado que não reabrirá a troca de sua dívida e pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que reconheça o êxito da mesma, pouco depois de o G7 se somar aos que pedem a Buenos Aires que busque uma solução para os credores que não aceitaram a reestruturação do débito.

Assim disseram aos jornalistas fontes da delegação que acompanha o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, na sua visita à Alemanha.

Um alto funcionário disse que a Argentina "ratifica o que vem dizendo", que não procura "de modo algum" alternativas e que não cederá a pressões.

Sem referir-se ao G7, o mesmo funcionário indicou que neste momento da negociação há "todo tipo de pressão", mas que "a última palavra ainda não foi dita". Neste sentido, opinou que, "em última instância, o que valerá é a possibilidade de se fazer bons negócios".

As mesmas fontes lembraram que o presidente da França, Jacques Chirac, o chanceler da Alemanha, Gerhard Schröder, o chefe de governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e até o presidente dos Estados Unidos, George Bush, apoiaram a linha do governo de Kirchner.

O funcionário disse que a Argentina quer um acordo com o FMI, mas lembrou as palavras de Kirchner, que declarou que "há vida depois do Fundo".

"As regras do jogo Estão mudando", disse a fonte, que acrescentou que o FMI pediu que a Argentina "buscasse o nível mais alto de aceitação para a renegociação" e que nunca foi dito que tinha que buscar uma solução para aqueles que não aceitassem a operação (24% dos credores).

"A primeira coisa que a Argentina deve fazer é cumprir o acordo com os credores que aceitaram a troca e o que Buenos Aires pede ao FMI é que aceite o sucesso da renegociação" afirmou.

"Esta é nossa prioridade: os que entraram na renegociação. De maneira alguma vamos buscar uma alternativa", disse o funcionário, desmentindo assim uma informação publicada neste sábado por um jornal argentino.

Com relação ao FMI, a fonte disse que "está sendo trabalhada a possibilidade de um acordo" com dois ou três anos de prazo para o "refinanciamento do capital e o pagamento de juros".

O funcionário não quis ver no comunicado do G7 deste sábado como uma contradição ao apoio expressado pela Alemanha às políticas do presidente durante a viagem que termina hoje em Munique e que, segundo ele, foi um sucesso.

A fonte opinou ainda que alguns setores tentarão pressionar a Argentina até o último momento porque "não aceitam que (o país) saia (da crise) com suas próprias soluções" e que o modelo argentino será um exemplo para outros".





Fonte: EFE

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