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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 17:33

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A violência se recrudesceu hoje, sábado, no Iraque depois de vários dias de relativa calma, com a morte de pelo menos treze pessoas, entre elas dois estrangeiros, em ataques e atentados suicidas registrados em vários pontos do país.

O derramamento de sangue começou a cerca de 250 quilômetros ao norte de Bagdá, em Kirkuk, onde um soldado e um policial iraquianos morreram assassinados a tiros por desconhecidos em dois incidentes diferentes, informou um comunicado do Escritório de Coordenação da Segurança iraquiano-americano.

Poucas horas depois, sete pessoas morreram, entre elas cinco policiais e mais de dez ficaram feridas quando um suicida com um cinturão com explosivos se matou ao detonar sua carga no interior de um restaurante do centro de Baquba, a cerca de 65 quilômetros ao nordeste da capital iraquiana.

Segundo explicou o coronel Ismail Ibrahim, a explosão foi enorme e, se tivesse ocorrido em um dia útil, o total de vítimas teriam sido muitos maior.

O chefe policial afirmou que o restaurante Al Aniq está situado perto do tribunal da província de Diala, da qual Baquba é capital.

No bairro Al Amel de Bagdá, um carro-bomba conduzido por um suicida matou dois estrangeiros e um iraquiano, disse o capitão da polícia Salah Abderrahman.

A explosão ocorreu quando o motorista jogou seu automóvel contra dois carros em que viajavam os dois estrangeiros, afirmou Abderrahaman, ao acrescentou que três civis estrangeiros e três civis iraquianos ficaram feridos no atentado.

O capitão não soube dar a nacionalidade dos estrangeiros, que, segundo a cadeia Al Jazira, são dois soldados americanos.

Também em Bagdá, um civil perdeu a vida e outros dois ficaram feridos na explosão de um carro-bomba conduzido por outro suicida, que se matou perto de um comboio militar americano que se deslocava pela estrada que une a capital iraquiana e o Aeroporto Internacional de Bagdá, confirmaram fontes policiais.

Por outra parte, Sabah Kadon, um dos porta-vozes do Ministério do Interior disse que dois pelotões com 300 homens das forças especiais serão enviados à cidade de Al Madaen, a cerca de 40 quilômetros a sudeste de Bagdá, para libertar mais de cinqüenta muçulmanos xiitas retidos por um grupo radical sunita.

"Grupos de extremistas islâmicos entraram há dois dias na cidade e tomaram como reféns nossos irmãos xiitas, detonaram a mesquita xiita de Abdelrasul e começaram a instar os xiitas a abandonar a localidade", disse Kadon.

O responsável iraquiano considerou que o objetivo do que sucede em Al Madaen é provocar uma guerra sectária, embora tenha se mostrado esperançoso: "se Deus quiser amanhã (domingo) restauraremos a segurança na zona".

Segundo outras informações, o grupo fundamentalista ameaçou matar os reféns se a população xiita não deixar a cidade.

O vice-presidente iraquiano, Ghazi al Yawar, confirmou que há conversas entre as autoridades, os representantes tribais e os rebeldes para acabar com o problema em Al Madaen sem recorrer à força.

Por último, nesta manhã dois cidadãos filipinos ficaram feridos pelos disparos feitos por um grupo de desconhecidos no leste de Bagdá, informaram fontes policiais.

Elas indicaram que os atacantes abriram fogo com metralhadoras contra o carro no qual as duas vítimas iam ao Aeroporto Internacional de Bagdá, onde trabalham para as forças da coalizão.

Segundo cifras extra-oficiais divulgadas no ano passado nas Filipinas, milhares de cidadãos filipinos trabalham no Iraque como guardas de segurança e em trabalhos de limpeza.





Fonte: EFE

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