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Em silêncio, Desábato evita polêmica
Buenos Aires - Para não causar novas polêmicas, o jogador Leandro Desábato está em silêncio, evitando a imprensa, desde que voltou para a Argentina, na noite de sexta-feira. Ele ficou quasee 40 horas preso no Brasil, depois de ser acusado de injúria com agravante racial pelo atacante Grafite, do São Paulo - o caso aconteceu no jogo com o Quilmes, quarta, no Morumbi.
O silêncio foi recomendado pelos advogados do Quilmes, que pretendem evitar que os problemas de Desábato com a Justiça brasileira aumentem ainda mais. Além disso, há preocupação com algumas ONGs argentinas, que pedem um processo contra Desábato por discriminação racial.
Enquanto Desábato não fala nada, alguns de seus companheiros no Quilmes saíram em sua defesa durante o desembarque do time na noite de sexta-feira. Foi o caso de Matías Almeyda: "Nos esportes sempre existem brigas. Se o Grafite vai se ofender porque alguém foi grosso com ele, então ele teria que ir brincar com bonecas. Não está preparado para o futebol."
Repercussão - Para o poderoso presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, que também acumula o cargo de vice-presidente da Fifa, daqui para a frente "será muito difícil realizar os jogos internacionais", em referência à tensão surgida entre os times do Quilmes e do São Paulo.
Grondona, que nos últimos dias fez uma enfática defesa de Desábato, afirmando que o jogador do Quilmes é inocente, disse que a AFA pedirá uma reunião da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para analisar "qual será o caminho a seguir" diante das eventuais "dificuldades" que possam surgir nos estádios.
O presidente da AFA, tentando minimizar as declarações racistas de Desábato, indicou que "nos momentos quentes do futebol, até jogando em uma chácara com os amigos você acaba insultando teu próprio irmão."
Mídia - A imprensa argentina evitou "incendiar" as relações com o Brasil e oscilou entre condenar o ato de Desábato e destacar o racismo existente no Brasil entre os próprios brasileiros.
Os jornais argentinos trataram o retorno de Desábato com sobriedade. E tanto o "Clarín" como o "La Nación", os dois maiores do país, explicaram a seus leitores que o próprio apelido do jogador ofendido, Grafite, é uma explícita referência à cor negra de sua pele.
Revolta - Na cidade de Quilmes, na Grande Buenos Aires, o clima é de alívio pela liberação de Desábato e pelo retorno do time. No entanto, também existia profunda irritação. Mas o alvo da ira é o River Plate, que se recusou a suspender o jogo marcado para amanhã, pelo Campeonato Argentino.
Mas Desábato não defenderá o Quilmes neste domingo, contra o River, porque irá cumprir suspensão pela expulsão no jogo anterior do Campeonato Argentino.
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O silêncio foi recomendado pelos advogados do Quilmes, que pretendem evitar que os problemas de Desábato com a Justiça brasileira aumentem ainda mais. Além disso, há preocupação com algumas ONGs argentinas, que pedem um processo contra Desábato por discriminação racial.
Enquanto Desábato não fala nada, alguns de seus companheiros no Quilmes saíram em sua defesa durante o desembarque do time na noite de sexta-feira. Foi o caso de Matías Almeyda: "Nos esportes sempre existem brigas. Se o Grafite vai se ofender porque alguém foi grosso com ele, então ele teria que ir brincar com bonecas. Não está preparado para o futebol."
Repercussão - Para o poderoso presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, que também acumula o cargo de vice-presidente da Fifa, daqui para a frente "será muito difícil realizar os jogos internacionais", em referência à tensão surgida entre os times do Quilmes e do São Paulo.
Grondona, que nos últimos dias fez uma enfática defesa de Desábato, afirmando que o jogador do Quilmes é inocente, disse que a AFA pedirá uma reunião da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para analisar "qual será o caminho a seguir" diante das eventuais "dificuldades" que possam surgir nos estádios.
O presidente da AFA, tentando minimizar as declarações racistas de Desábato, indicou que "nos momentos quentes do futebol, até jogando em uma chácara com os amigos você acaba insultando teu próprio irmão."
Mídia - A imprensa argentina evitou "incendiar" as relações com o Brasil e oscilou entre condenar o ato de Desábato e destacar o racismo existente no Brasil entre os próprios brasileiros.
Os jornais argentinos trataram o retorno de Desábato com sobriedade. E tanto o "Clarín" como o "La Nación", os dois maiores do país, explicaram a seus leitores que o próprio apelido do jogador ofendido, Grafite, é uma explícita referência à cor negra de sua pele.
Revolta - Na cidade de Quilmes, na Grande Buenos Aires, o clima é de alívio pela liberação de Desábato e pelo retorno do time. No entanto, também existia profunda irritação. Mas o alvo da ira é o River Plate, que se recusou a suspender o jogo marcado para amanhã, pelo Campeonato Argentino.
Mas Desábato não defenderá o Quilmes neste domingo, contra o River, porque irá cumprir suspensão pela expulsão no jogo anterior do Campeonato Argentino.
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Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346007/visualizar/
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