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Presidente paquistanês faz visita diplomática à Índia
O presidente do Paquistão chegou à Índia no sábado para preces, negociações de paz e para assistir a um jogo de críquete, em sua primeira visita desde um desastroso encontro em 2001. A nova visita é um sinal de melhora nas relações entre os dois rivais nucleares.
"Venho aqui com uma mensagem de paz", disse o presidente Pervez Musharraf depois de rezar no local mais sagrado para os muçulmanos do sul da Ásia, na cidade do norte indiano de Ajmer.
Musharraf e o primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, falarão sobre a Caxemira — incluindo a "suavização" da linha de cessar-fogo que divide a província — e sobre formas de fortalecer suas relações, mas nenhuma medida de maior porte deverá ser tomada, quase três anos depois da iminência de uma guerra entre os dois países.
A própria visita, no entanto, é um marco. Prevista inicialmente como uma visita informal de Musharraf para assistir aos dois países jogarem críquete, a viagem acabou se tornando quase um encontro de cúpula.
"Espero que as diferenças entre os dois países sejam reduzidas e que a paz prevaleça na região", disse Musharraf, depois de rezar no santuário do santo sufi Khwaja Moinuddin Chisti.
O líder paquistanês, de origem indiana, e o líder indiano, de origem paquistanesa, devem se reunir para jantar em Nova Delhi no sábado e para negociações no domingo, depois de assistir ao início da última partida de críquete entre os dois países.
A visita de Musharraf acontece uma semana depois da inauguração de uma nova linha de ônibus entre as partes divididas da Caxemira, um passo simbólico depois que os vizinhos quase iniciaram uma guerra pela posse da província no Himalaia, em 2002.
As relações melhoraram, mas os rivais continuam divergindo em relação à Caxemira e não esperam que grandes progressos resultem da viagem de Musharraf.
Na quinta-feira, Musharraf disse à Reuters que tinha expectativas limitadas em relação à visita, mas que estava otimista em relação à questão da Caxemira e que o processo de paz era irreversível.
No ano passado, Musharraf sugeriu possíveis soluções para a Caxemira, que envolveriam uma divisão da região de maioria muçulmana em linhas étnicas, a desmilitarização, uma mudança do status de independência, o controle conjunto ou até o controle pela ONU.
A Índia rejeitou qualquer redesenho das fronteiras. Singh e Musharraf devem discutir formas de suavizar a linha de cessar-fogo, incluindo encontros de famílias divididas, o aumento do turismo e do comércio, a criação de mais linhas de ônibus e a cooperação nas florestas.
Musharraf também deve se reunir com os líderes separatistas da Caxemira que, segundo ele, devem participar do processo de paz para que este dê certo.
Houve dois atentados contra a vida de Musharraf no Paquistão. Haverá um forte esquema de segurança em Ajmer e Nova Delhi.
Depois que Musharraf deu recentemente a Singh um álbum de fotos da cidade natal paquistanesa do líder indiano, com alguns certificados escolares, Singh deverá dar a Musharraf uma cópia especial de sua certidão de nascimento na Índia.
"Venho aqui com uma mensagem de paz", disse o presidente Pervez Musharraf depois de rezar no local mais sagrado para os muçulmanos do sul da Ásia, na cidade do norte indiano de Ajmer.
Musharraf e o primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, falarão sobre a Caxemira — incluindo a "suavização" da linha de cessar-fogo que divide a província — e sobre formas de fortalecer suas relações, mas nenhuma medida de maior porte deverá ser tomada, quase três anos depois da iminência de uma guerra entre os dois países.
A própria visita, no entanto, é um marco. Prevista inicialmente como uma visita informal de Musharraf para assistir aos dois países jogarem críquete, a viagem acabou se tornando quase um encontro de cúpula.
"Espero que as diferenças entre os dois países sejam reduzidas e que a paz prevaleça na região", disse Musharraf, depois de rezar no santuário do santo sufi Khwaja Moinuddin Chisti.
O líder paquistanês, de origem indiana, e o líder indiano, de origem paquistanesa, devem se reunir para jantar em Nova Delhi no sábado e para negociações no domingo, depois de assistir ao início da última partida de críquete entre os dois países.
A visita de Musharraf acontece uma semana depois da inauguração de uma nova linha de ônibus entre as partes divididas da Caxemira, um passo simbólico depois que os vizinhos quase iniciaram uma guerra pela posse da província no Himalaia, em 2002.
As relações melhoraram, mas os rivais continuam divergindo em relação à Caxemira e não esperam que grandes progressos resultem da viagem de Musharraf.
Na quinta-feira, Musharraf disse à Reuters que tinha expectativas limitadas em relação à visita, mas que estava otimista em relação à questão da Caxemira e que o processo de paz era irreversível.
No ano passado, Musharraf sugeriu possíveis soluções para a Caxemira, que envolveriam uma divisão da região de maioria muçulmana em linhas étnicas, a desmilitarização, uma mudança do status de independência, o controle conjunto ou até o controle pela ONU.
A Índia rejeitou qualquer redesenho das fronteiras. Singh e Musharraf devem discutir formas de suavizar a linha de cessar-fogo, incluindo encontros de famílias divididas, o aumento do turismo e do comércio, a criação de mais linhas de ônibus e a cooperação nas florestas.
Musharraf também deve se reunir com os líderes separatistas da Caxemira que, segundo ele, devem participar do processo de paz para que este dê certo.
Houve dois atentados contra a vida de Musharraf no Paquistão. Haverá um forte esquema de segurança em Ajmer e Nova Delhi.
Depois que Musharraf deu recentemente a Singh um álbum de fotos da cidade natal paquistanesa do líder indiano, com alguns certificados escolares, Singh deverá dar a Musharraf uma cópia especial de sua certidão de nascimento na Índia.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346064/visualizar/
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