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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 10:54
Por: Mian Khursheed

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A polícia deteve neste sábado o marido da líder exilada da oposição paquistanesa, Benazir Bhutto, e o manteve sob custódia por várias horas para evitar um protesto. O episódio enfraquece as esperanças de uma reconciliação política no país.

Autoridades da cidade de Lahore entraram em um avião da Aero Asia que havia trazido Asif Ali Zardari de volta ao Paquistão após ele ter visitado sua mulher em Dubai. Ele então foi colocado sob "custódia de proteção" temporária em sua casa.

A polícia havia erguido barricadas em torno da residência em um bairro de Lahore e Zardari disse que não estava sendo autorizado a sair de sua casa, que estava cercada por centenas de policiais.

A barricada foi suspensa horas mais tarde.

Zardari, que foi libertado de uma pena de oito anos no ano passado, estava voltando ao Paquistão pela primeira vez desde que viajara para Dubai em dezembro para rever sua mulher. O ministro-chefe da província do Punjab, cuja capital é Lahore, Chaudhry Pervez Elahi, disse que Zardari estava em liberdade, mas que ele não poderia promover manifestações políticas.

"Ele pode sair e ir a qualquer lugar, mas não pode organizar um protesto", disse ele, acrescentando que simpatizantes que trabalham para o Partido Popular do Paquistão, de Benazir, também seriam liberados em breve.

Zardari afirmou que cerca de 70 mil simpatizantes foram detidos com o objetivo de não o receberem. Ele ainda disse que não poderia ser proibido de organizar protestos.

"Se não posso fazer isso hoje, farei amanhã", disse.

Centenas de policiais bloquearam as vias que levam ao aeroporto para barrar os simpatizantes de Benazir. Cerca de 50 — incluindo mulheres — foram dispersados com cacetetes.

O governo do presidente militar Pervez Musharraf negou autorização para que o PPP saísse às ruas de Lahore, além de proibir temporariamente reuniões com mais de três pessoas. Zardari disse que a ação do governo é um retrocesso nos esforços em direção ao uma reaproximação entre Musharraf, que tomou o poder em um golpe em 1999, e Benazir, primeira-ministra por duas vezes nos anos 1980 e 1990.





Fonte: Reuters

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