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Terrorista condenado pode não ter ligação com a Al Qaeda
Um jornal britânico coloca em dúvida neste sábado a suposta ligação do argelino Kamel Bourgass, condenado a 17 anos de prisão na quarta-feira passada por planejar um ataque com rícino no Reino Unido, com a organização terrorista Al Qaeda.
O The Guardian afirma ter obtido trechos do depoimento do também argelino Mohammed Meguerba, que serviu para incriminar Bourgass, também condenado à prisão perpétua pelo assassinato de um policial, que levanta dúvidas sobre a credibilidade da testemunha.
Entre outros, Meguerba disse ter recebido treinamento em acampamentos do Afeganistão no verão (do hemisfério norte) de 2002, ou seja, vários meses após os Estados Unidos invadirem o país e expulsarem o Talibã do poder, o que, segundo o jornal, é altamente improvável.
Em um dos testemunhos, Meguerba disse ter se envolvido na fabricação de venenos para espalhar o terror na capital britânica e, em outra ocasião, negou essa informação. Interrogado na Argélia por agentes britânicos dos serviços antiterroristas, Meguerba negou ter visto ou tocado nos envoltórios de plástico usados no plano terrorista, mas suas impressões digitais foram encontradas neste material.
Segundo o The Observer, as informações divulgadas à imprensa por funcionários do combate ao terrorismo foram seletivas e destinadas a mostrar que o ataque foi planejado pela Al Qaeda nos campos do Afeganistão.
No entanto, outros funcionários acreditam que Meguerba e Bourgass agiram por conta própria e descrevem este último como um solitário que tentou usar receitas para a fabricação do veneno obtidas pela internet.
Meguerba, ex-vendedor de doces em um bairro de Londres, foi preso na Grã-Bretanha em setembro de 2002 e depois posto em liberdade com o pagamento de uma fiança porque, segundo a polícia, não sabiam naquele momento que era um indivíduo muito perigoso.
No mês seguinte, Meguerba foi à Espanha com um passaporte falso e dali viajou para o Marrocos, quando finalmente em dezembro de 2002 foi preso e interrogado na Argélia. Segundo o The Observer, as autoridades argelinas são acusadas de "torturar os suspeitos" nos interrogatórios.
No interrogatório feito no país norte-africano, Meguerba disse que seu compatriota Bourgass era "ligado à Al Qaeda".
Segundo relatório da sessão, Meguerba preparou o veneno com óleo de rícino e diversos álcoois industriais.
No entanto, quando foi interrogado por especialistas britânicos em antiterrorismo, Meguerba negou estar envolvido no plano e disse que vendia "chocolates e doces, não veneno".
O jornal informa que a polícia britânica teve acesso a Meguerba apenas em outubro de 2003, enquanto continuava sob custódia argelina.
O argelino foi interrogado por três funcionários do serviço antiterrorista e um agente da contra-espionagem britânica, na presença de três funcionários de segurança e um juiz argelinos.
Os britânicos tiveram que adiantar aos argelinos as perguntas que fariam e Meguerba se negou a responder algumas perguntas adicionais, o que levantou suspeitas de que tinha instruído pelos argelinos nesse sentido.
Apesar de ter afirmado, segundo o relatório do interrogatório argelino, que tinha recebido treinamento até o verão de 2002 nos campos de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão, quando os agentes britânicos o interrogaram, Meguerba se negou a dar detalhes sobre o assunto.
O The Guardian afirma ter obtido trechos do depoimento do também argelino Mohammed Meguerba, que serviu para incriminar Bourgass, também condenado à prisão perpétua pelo assassinato de um policial, que levanta dúvidas sobre a credibilidade da testemunha.
Entre outros, Meguerba disse ter recebido treinamento em acampamentos do Afeganistão no verão (do hemisfério norte) de 2002, ou seja, vários meses após os Estados Unidos invadirem o país e expulsarem o Talibã do poder, o que, segundo o jornal, é altamente improvável.
Em um dos testemunhos, Meguerba disse ter se envolvido na fabricação de venenos para espalhar o terror na capital britânica e, em outra ocasião, negou essa informação. Interrogado na Argélia por agentes britânicos dos serviços antiterroristas, Meguerba negou ter visto ou tocado nos envoltórios de plástico usados no plano terrorista, mas suas impressões digitais foram encontradas neste material.
Segundo o The Observer, as informações divulgadas à imprensa por funcionários do combate ao terrorismo foram seletivas e destinadas a mostrar que o ataque foi planejado pela Al Qaeda nos campos do Afeganistão.
No entanto, outros funcionários acreditam que Meguerba e Bourgass agiram por conta própria e descrevem este último como um solitário que tentou usar receitas para a fabricação do veneno obtidas pela internet.
Meguerba, ex-vendedor de doces em um bairro de Londres, foi preso na Grã-Bretanha em setembro de 2002 e depois posto em liberdade com o pagamento de uma fiança porque, segundo a polícia, não sabiam naquele momento que era um indivíduo muito perigoso.
No mês seguinte, Meguerba foi à Espanha com um passaporte falso e dali viajou para o Marrocos, quando finalmente em dezembro de 2002 foi preso e interrogado na Argélia. Segundo o The Observer, as autoridades argelinas são acusadas de "torturar os suspeitos" nos interrogatórios.
No interrogatório feito no país norte-africano, Meguerba disse que seu compatriota Bourgass era "ligado à Al Qaeda".
Segundo relatório da sessão, Meguerba preparou o veneno com óleo de rícino e diversos álcoois industriais.
No entanto, quando foi interrogado por especialistas britânicos em antiterrorismo, Meguerba negou estar envolvido no plano e disse que vendia "chocolates e doces, não veneno".
O jornal informa que a polícia britânica teve acesso a Meguerba apenas em outubro de 2003, enquanto continuava sob custódia argelina.
O argelino foi interrogado por três funcionários do serviço antiterrorista e um agente da contra-espionagem britânica, na presença de três funcionários de segurança e um juiz argelinos.
Os britânicos tiveram que adiantar aos argelinos as perguntas que fariam e Meguerba se negou a responder algumas perguntas adicionais, o que levantou suspeitas de que tinha instruído pelos argelinos nesse sentido.
Apesar de ter afirmado, segundo o relatório do interrogatório argelino, que tinha recebido treinamento até o verão de 2002 nos campos de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão, quando os agentes britânicos o interrogaram, Meguerba se negou a dar detalhes sobre o assunto.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346102/visualizar/
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