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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 10:10

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Tel-Aviv - O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, negou que tenha preparado um plano para deixar a Cisjordânia após a retirada israelense de Gaza, enquanto o conselho dos rabinos da Judea-Samaria ordenou neste sábado que seus seguidores sigam em massa à Faixa de Gaza e permaneçam na zona nos próximos meses para evitar o levantamento das colônias.

O jornal israelense Yediot Ahronot publicou hoje na primeira página que Sharon apenas iria concluir a retirada de Gaza e de quatro colônias ao norte da Cisjordânia e iniciaria um segundo desmantelamento de amplas dimensões na Cisjordânia.

Grande parte dos colonos que vivem em Ariel, Talmon, Maalleh, Adumin, Gush Etzion e no alto vale do Jordão permanecerão sob controle israelense, mas os que vivem em assentamentos mais ilhados deverão deixar suas casas, segundo a versão publicada pelo jornal.

Frente a essa publicação, os colaboradores do primeiro-ministro responderam imediatamente, num comunicado divulgado em nome de Ariel Sharon. "A posição do primeiro-ministro era no passado e é hoje que, uma vez que a retirada termine com êxito, não haverá nenhuma iniciativa política a não ser pela paz", declara o comunicado.

Preocupados de que interna e externamente esta informação seja considerada um plano realizado por Sharon, alguns de seus colaboradores lançaram uma versão de que o primeiro-ministro está furioso com o jornalista que produziu a matéria.

Ainda que desmentida, a notícia gerou reações entre os dirigentes políticos. Numa coletiva de imprensa em Tel-Aviv, o líder do partido central Shinui, Yossef Lapid, agora na oposição, pediu a Sharon que inicie também na Cisjordânia a sua política de retirada, porque, de outra forma, a retirada apenas de Gaza, de nada adiantará.





Fonte: Ansa

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