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Governadores elegem "ineficiência" para debate eleitoral
Governadores de oposição elegeram o tema da ineficiência do governo federal como tema do ano eleitoral de 2006. Representantes do PSDB como Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG), assim como o peemedebista Germano Rigotto (RS) e Blairo Maggi (MT), do PPS, argumentaram nhoje que a máquina do governo central está muito grande.
Eles lançaram também uma ofensiva pela recuperação do pacto federativo, descentralizando a arrecadação, além de pressionar pela reforma tributária.
"Eficiência é a palavra-chave", afirmou Alckmin em um intervalo do Fórum Empresarial do grupo Lide, em Comandatuba, na Bahia. "Pode parecer um tema sofisticado para o eleitor, mas não é. O eleitor identifica um governo ético como um governo eficiente", disse, alertando que esse não será o único tema do debate eleitoral.
Para Alckmin, que exibiu aos empresários dados sobre o superávit continuado do governo paulista, o governo federal é muito grande, inclusive em número de estatais, o que implica em gastos elevados com previdência e custeio, por exemplo. "É preciso reduzir os gastos correntes para aumentar os investimentos", afirmou.
O governador de Minas Gerais também acredita que o debate eleitoral vai se dar em torno do tema da eficiência, e disse que o seu Estado vai defender um discurso de "refundação" da Federação. "Precisamos mostrar que temos mais capacidade do que aqueles que estão no poder, já que a questão ideológica não existe mais", afirmou a jornalistas, referindo-se à identificação da política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva com a dos oito anos dos tucanos no poder.
Aécio exibiu às cerca de 400 pessoas no evento - incluindo empresários e presidentes de empresas - dados de aumento da arrecadação pelo governo federal que não são repassadas a Estados e municípios. Segundo o governador, em 1988, as contribuições equivaliam a 10% da arrecadação com imposto de renda e IPI. Em 2004, esse percentual passou para 119%. Na comparação com o ICMS, já chega a 112%. "Portanto, isso é acumulação de receita nas mãos da União, numa clara fragilização da Federação", disse.
Alckmin também mostrou números para fortalecer esse argumento. Em 1996, de toda a arrecadação de São Paulo, 33% ficavam com o Estado e 67% com o governo federal. No ano passado, a relação foi de 25% contra 75%. "Cada vez mais reduzimos a carga tributária e o governo federal expande", disse o governador paulista. "Estamos fazendo mais com menos."
Para o governador gaúcho, que capitaneou esforços pela reforma tributária no antigo governo, agora se repete o "puxa-freio" do período tucano.
"Um dos grandes erros do governo Fernando Henrique foi não acreditar na reforma tributária, porque temia perda de arrecadação", disse à platéia, defendendo a unificação e simplificação do ICMS, que está em pauta no Congresso, de 40 para cinco alíquotas.
A reforma tributária foi a principal demanda dos empresários que participaram do evento em Comandatuba. Numa pesquisa realizada nesta tarde, a carga tributária foi apontada como principal fator que impede o crescimento das empresas, com 70% dos 242 votos, seguida pela taxa de juros, com apenas 14%. Para os empresários, a nota do governo federal no quesito eficiência é de apenas 3,2 na escala que vai até 10, ou seja, ruim.
Rigotto foi mais um a apontar como causa a estrutura pesada do governo federal. "Há excesso de ministérios. Funcionaria melhor com menos ministérios, porque há gente que bate cabeça, mas ainda há tempo para o governo melhorar", disse.
Maggi foi ainda mais contundente: "O presidente Lula é um homem com vontade, mas o governo é ineficiente", afirmou, atribuindo isso à partidarização, ao aparelhamento do Estado. "Tem muita gente de sindicato que não está acostumada a tomar decisão", comentou o maior produtor de soja individual do mundo, que justifica ter entrado na vida pública para assegurar o funcionamento mais eficiente do governo matogrossense.
Eles lançaram também uma ofensiva pela recuperação do pacto federativo, descentralizando a arrecadação, além de pressionar pela reforma tributária.
"Eficiência é a palavra-chave", afirmou Alckmin em um intervalo do Fórum Empresarial do grupo Lide, em Comandatuba, na Bahia. "Pode parecer um tema sofisticado para o eleitor, mas não é. O eleitor identifica um governo ético como um governo eficiente", disse, alertando que esse não será o único tema do debate eleitoral.
Para Alckmin, que exibiu aos empresários dados sobre o superávit continuado do governo paulista, o governo federal é muito grande, inclusive em número de estatais, o que implica em gastos elevados com previdência e custeio, por exemplo. "É preciso reduzir os gastos correntes para aumentar os investimentos", afirmou.
O governador de Minas Gerais também acredita que o debate eleitoral vai se dar em torno do tema da eficiência, e disse que o seu Estado vai defender um discurso de "refundação" da Federação. "Precisamos mostrar que temos mais capacidade do que aqueles que estão no poder, já que a questão ideológica não existe mais", afirmou a jornalistas, referindo-se à identificação da política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva com a dos oito anos dos tucanos no poder.
Aécio exibiu às cerca de 400 pessoas no evento - incluindo empresários e presidentes de empresas - dados de aumento da arrecadação pelo governo federal que não são repassadas a Estados e municípios. Segundo o governador, em 1988, as contribuições equivaliam a 10% da arrecadação com imposto de renda e IPI. Em 2004, esse percentual passou para 119%. Na comparação com o ICMS, já chega a 112%. "Portanto, isso é acumulação de receita nas mãos da União, numa clara fragilização da Federação", disse.
Alckmin também mostrou números para fortalecer esse argumento. Em 1996, de toda a arrecadação de São Paulo, 33% ficavam com o Estado e 67% com o governo federal. No ano passado, a relação foi de 25% contra 75%. "Cada vez mais reduzimos a carga tributária e o governo federal expande", disse o governador paulista. "Estamos fazendo mais com menos."
Para o governador gaúcho, que capitaneou esforços pela reforma tributária no antigo governo, agora se repete o "puxa-freio" do período tucano.
"Um dos grandes erros do governo Fernando Henrique foi não acreditar na reforma tributária, porque temia perda de arrecadação", disse à platéia, defendendo a unificação e simplificação do ICMS, que está em pauta no Congresso, de 40 para cinco alíquotas.
A reforma tributária foi a principal demanda dos empresários que participaram do evento em Comandatuba. Numa pesquisa realizada nesta tarde, a carga tributária foi apontada como principal fator que impede o crescimento das empresas, com 70% dos 242 votos, seguida pela taxa de juros, com apenas 14%. Para os empresários, a nota do governo federal no quesito eficiência é de apenas 3,2 na escala que vai até 10, ou seja, ruim.
Rigotto foi mais um a apontar como causa a estrutura pesada do governo federal. "Há excesso de ministérios. Funcionaria melhor com menos ministérios, porque há gente que bate cabeça, mas ainda há tempo para o governo melhorar", disse.
Maggi foi ainda mais contundente: "O presidente Lula é um homem com vontade, mas o governo é ineficiente", afirmou, atribuindo isso à partidarização, ao aparelhamento do Estado. "Tem muita gente de sindicato que não está acostumada a tomar decisão", comentou o maior produtor de soja individual do mundo, que justifica ter entrado na vida pública para assegurar o funcionamento mais eficiente do governo matogrossense.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346219/visualizar/
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